“O Brasil vive uma importante transição demográfica, que acarreta também uma transição epidemiológica. Com o envelhecimento da população, o câncer tornou-se a segunda causa de morte de brasileiros. E logo será a primeira.”

Com essa consideração, Roger Chammas, professor titular de Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), iniciou a edição de setembro do Ciclo de Palestras ILP-FAPESP, que enfocou o tema “A Ciência Contra o Câncer”.

Resultado de parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e a FAPESP, o ciclo é realizado mensalmente na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com o objetivo de promover eventos de divulgação científica voltados à sociedade, legisladores, gestores públicos e outros interessados.

Além de Chammas, o evento, ocorrido em 24 de setembro, teve a participação de Maria Ignez Saito (professora da FMUSP), de Emmanuel Dias Neto (pesquisador do Centro Internacional de Pesquisas do A.C.Camargo Cancer Center) e de Daniela Baumann Cornélio, fundadora da Ziel Biosciences, empresa que conta com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). A coordenação foi de Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP.

“O HPV, por exemplo, é um vírus extremamente disseminado entre a população. E o risco de contágio por contato, durante as relações sexuais, é de 50%, principalmente em adolescentes. A vacina quadrivalente recombinante é altamente eficaz e segura no combate ao HPV. No entanto, a má informação tem prejudicado o programa de vacinação. Notícias sensacionalistas, sem qualquer fundamento científico, provocaram uma retração da população no comparecimento aos serviços de saúde para a administração da segunda dose”, a pesquisadora disse Ines Saito.

Os cânceres provocados por HPV estão em terceiro lugar na ordem de prevalência. A peculiaridade é que podem ser efetivamente evitados por meio da vacinação. Mas isso requer a adoção de programas de educação e de conscientização. “Não apenas para adolescentes, mas também para familiares, profissionais de saúde e população como um todo”, disse.

IMPORTANTE SABER

O câncer é uma doença multifatorial, que não pode ser atribuída apenas a fatores genéticos. O consumo de álcool, tabaco e alimentos conservados em sal e, principalmente, a obesidade e a ocorrência de doenças periodontais teriam importante papel na manifestação da enfermidade. Em sentido contrário, uma dieta rica em frutas cítricas e vegetais, portanto em fibras e vitamina C, exerceria efeito protetor.

Fonte Exame

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Roger Campos

Jornalista

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