A Secretaria Municipal de Saúde de Três Pontas, através da Vigilância Epidemiológica dará nesse final de semana continuação à Campanha de Vacinação Antirrábica.

A vacinação contra a raiva é indicada para cães e gatos a partir de três meses de idade. Mesmo aqueles que já foram imunizados em anos anteriores devem receber nova dose.

Confira abaixo a relação dos postos de vacinação contra a raiva:

27 de junho:

Praça do Catumbi

Praça do Cemitério

Praça José de Anchieta

28 de junho:

CAIC

E.E.Prof. Marieta Castro

SESI

No último dia 21 de junho aconteceu a vacinação na Avenida Oswaldo Cruz e o Conexão Três Pontas registrou. Vejas fotos:

RAIVA

  1. A raiva pode ser transmitida aos humanos

Com as relações entre homens e seus pets cada vez mais íntimas, os riscos de transmissão crescem exponencialmente.

A raiva animal é uma zoonose. Esse termo é utilizado para classificar todas as doenças que são transmitidas do animal ao homem e vice-versa. Então, o cuidado deve ser redobrado, pois colocam a vida dos animais e das pessoas em risco.

De alguns anos para cá, passou a existir uma preocupação ainda maior, graças  a aproximação do homem com seus animais domésticos. Atualmente, cães, gatos e outros animais são considerados, praticamente, membros da família. Com isso, as chances de transmissão de zoonoses aumentam – e muito!

Vale lembrar que, apesar de os cães e gatos serem os maiores transmissores da raiva em centros urbanos, todos os mamíferos podem ser acometidos por essa doença e a gravidade é a mesma em todos os casos. Fique de olho!

  1. Como trasmite raiva animal?

Arranhões, mordidas e até lambidas podem transmitir a raiva.

A raiva animal é transmitida pela saliva do animal infectado com o vírus para o animal saudável, por meio de arranhões, mordidas e até lambidas. Inicialmente, o vírus causador dessa doença atinge o sistema nervoso periférico (SNP) e, em seguida, o sistema nervoso central (SNC). A partir disso, espalha-se por diversos órgãos e, claramente, infecta as glândulas salivares, proliferando-se ainda mais.

O período de incubação da raiva – ou seja, o tempo entre a exposição ao vírus e o surgimento dos primeiros sintomas – é bastante relativo, podendo durar alguns dias ou até mesmo anos. Entretanto, existe uma duração média de 10 dias a 2 meses nos cães; e de 45 dias no homem adulto.

A variabilidade deste período de incubação está relacionada à localização, à profundidade e à extensão dos ferimentos causados através de arranhaduras e/ou mordeduras; à lambedura ou qualquer outro contato com a saliva de animais que possuem a doença; à distância entre o cérebro e o local do contato; e, claramente, à quantidade de vírus transmitida ao animal, antes, saudável.

Nos centros urbanos, o maior transmissor da raiva ao homem é o cão, seguido pelo gato. Por isso, é importante frisar que, até mesmo nossos tão bem cuidados pets, podem ser infectados por ratos ou outros animais. Já na região rural, os morcegos são os principais responsáveis pela transmissão da doença aos equinos e bovinos.

  1. Quais os sintomas da raiva animal?

Os sinais clínicos são divididos em três fases já descritas na literatura:

Fase Prodromal:

A fase prodromal (ou prodômica), também conhecida como precursora, tem a duração média de 2 a 3 dias e apresenta os seguintes sinais clínicos:

Mudanças de comportamento;

Dilatação das pupilas;

Aumento da salivação;

Mordidas no ar e latidos mais agudos do que o normal;

Mudanças na forma de andar natural do animal, com contrações musculares faciais e corpo mais rígido.

Fase da Raiva Furiosa:

Também chamada de fase excitativa, a segunda fase apresenta sintomas como:

Sialorreia (excesso de saliva);

Dificuldade para deglutir;

Síndrome de Ataque – um conjunto de sinais clínicos onde o animal apresenta um comportamento agressivo, com a famosa boca espumando. Caso esse período dure mais do que o normal – entre 1 e 4 dias –, pode ocorrer uma crise convulsiva ou até mesmo paralisia.

Fase da Raiva Silenciosa:

Também conhecida como fase paralítica, o terceiro período de sintomas apresenta:

Excesso de irritação;

Paralisia ascendente dos membros pélvicos (patas traseiras) e torácicos (patas dianteiras).

  1. Como é feito o diagnóstico da raiva animal?

A raiva é diagnosticada através de exames laboratoriais.

Ainda que os sinais da raiva sejam bastante evidentes – após o período de incubação, é claro –, podem ser confundidos com os sinais de outras encefalites. Então, a realização do diagnóstico é auxiliada por questionário aplicado pelo médico veterinário, que contém perguntas sobre as mudanças ocorridas no comportamento do animal; o ambiente em que vive, se há a existência de morcegos na região; o contato com animais infectados; e a vacinação adequada.

Após todas as perguntas necessárias, o veterinário encaminhará o animal para realizar um diagnóstico laboratorial pela análise de materiais como o sangue, o bulbo piloso, a saliva, a córnea e o tecido nervoso (em caso de necrópsia), em busca do vírus rábico. Então, já sabe: caso o seu animal apresente qualquer sinal de raiva, leve-o rapidamente ao veterinário e, claramente, proteja-se.

  1. Período de transmissão da raiva animal.

O animal infectado pelo vírus rábico pode transmitir o vírus ainda no período de incubação da doença.

Muitas pessoas acreditam que o animal infectado só pode transmitir a raiva animal após o aparecimento dos sinais clínicos. Infelizmente, não é verdade. O período de transmissibilidade da raiva começa antes de aparecerem as primeiras evidências da doença e durante todo o período da enfermidade.

  1. A raiva animal não tem cura.

A raiva animal pode levar sua vítima ao óbito em menos de 7 dias.

Apesar de ser uma informação bastante disseminada, vale a pena comentar que a raiva é uma doença que, infelizmente, não tem cura. Além de não ter tratamento e a letalidade dessa enfermidade ser de 100%, a duração da doença é bastante curta, levando o paciente (animal ou humano) ao óbito, muitas vezes, em menos de 7 dias.

  1. Como se prevenir contra a raiva animal?

Levar o seu pet para tomar a vacina anti-rábica.

A profilaxia corresponde a uma série de atitudes que visam prevenir várias doenças. No caso da raiva, o tratamento profilático é composto por diversas doses de vacinas anti-rábicas que são aplicadas por via intramuscular.

Visto que a raiva não está erradicada, é essencial que todos os animais de estimação sejam vacinados contra essa doença anualmente. Para isso, são realizadas campanhas de vacinação gratuitas – ou, em alguns casos, com preço reduzido – todos os anos, em diversos municípios brasileiros. Além disso, também é possível encaminhar seu pet ao veterinário e ele mesmo aplicará a vacina anti-rábica.

Sem dúvida, a vacinação adequada de seu animal é a principal medida preventiva contra a raiva e outras doenças e, além disso, é um dos pilares da posse responsável e um dos caminhos essenciais para o desaparecimento da raiva animal e humana.

Para ficar ainda mais seguro e protegido, evite interagir com animais estranhos, doentes e feridos; não separe animais no meio de uma briga; não entre em grutas ou toque qualquer espécie de morcego; não crie animais silvestres ou os retire de seu habitats naturais; não perturbe nenhum animal que esteja bebendo, alimentando-se ou dormindo.

  1. A raiva não está erradicada

Os casos de raiva no Brasil ainda existem.

A erradicação (ou desaparecimento) da raiva animal ainda é algo buscado arduamente pela humanidade. Em alguns países desenvolvidos, a raiva humana já está erradicada e a raiva que acomete os animais domésticos está controlada; já no Brasil, ainda existem casos de raiva humana e animal e as principais vítimas são os animais silvestres. Atualmente, a vigilância sanitária e a vigilância epidemiológica ainda são realizadas por conta da alta infecção causada pelo vírus rábico em bovinos e equinos.

  1. Fui mordido por um animal. E agora?

Ao ser atacado por um animal, lave o ferimento com água e sabão o mais rápido possível. Em seguida, procure o posto de saúde mais próximo.

Não mate o animal! Ele deve permanecer em observação por cerca de 10 dias, para que qualquer sinal da presença do vírus rábico possa ser identificado. Atenção: o animal deve continuar sendo alimentado normalmente, mas tome cuidado para que não fuja e ataque outras pessoas.

Caso algo ocorra com o animal que o atacou – como morte, adoecimento, desaparecimento, etc. – volte a procurar o serviço de saúde mais próximo.

Jamais, sob nenhuma hipótese, interrompa o tratamento profilático sem ordens médicas.

 

Matéria revisada por um profissional veterinário da Equipe AgendaPet

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