Independente do que penso, particularmente, sobre o presidenciável Jair Bolsonaro, um fato, na sua entrevista de ontem, entra para a história: Gostemos dele ou não, o militar PEITOU A GLOBO DENTRO DA GLOBO. Disse que o “Deus Global”, o todo poderoso Roberto Marinho apoiou a ditadura, a ponto de calar os jornalistas discípulos de Marinho e de forçar a emissora a emitir uma nota, pela primeira vez na história, assumindo o fato e fazendo meia culpa afirmando terem errado.

É isso mesmo que eu disse. O império global se ajoelhou diante do candidato e teve que engolir a seco sua acusação que, não foi cerveja, mas que desceu absolutamente quadrado.

Era até então inimaginável alguém sob a imponência do palácio global empurrar as estruturas, quebrar os pilares na monarquia instituída pela TV Globo, cujo rei, Roberto Marinho, morto em 2003, reaparece em 2013, dez anos após seu fim, numa carta (que só pode ter sido psicografada em algum centro espírita), assumindo que errou ao defender o Golpe de 64.

Para alguns o Bolsonaro é um salvador da pátria, para outros é um extremista, um radical que prega o ódio e a guerra. Mas o fato é que nós já estamos em guerra há décadas e aparentemente muitos ou se acomodaram sobre os tiros e explosões ou simplesmente fecharam os olhos, morreram politicamente, pararam de pensar. Já vimos muitos doutores, exemplos de educação e bons costumes, até sociólogo, chegar à presidência e simplesmente decepcionar. Será que um “bruto” chegando lá agora, calando a soberana Globo, não fará diferente? Impossível prever. Em se tratando de Bolsonaro pode sim ser um tiro no próprio pé ou ou tiro de misericórdia nessa bandalheira institucionalizada nos governos, em Brasília, nos estados e nas prefeituras, como numa cachoeira de lama, corrupção e abandono do povo. Bolsonaro é um tiro no escuro, mas só o fato de tirar a emissora que se acha dona do Brasil de sua área de conforto, já me faz querer prestar um pouco mais de atenção nele.

A política no Brasil é quase que uma terra arrasada. Azuis e vermelhos nunca cumpriram o que prometeram. E o pior é ver simpatizantes (capangas), iludidos ou beneficiados, erguendo bandeiras, expondo os tumores da intolerância e da falta de respeito a opinião alheia, a liberdade de expressão. Vomitam democracia sem a terem digerido. Onde vamos parar com ou sem Bolsonaro, com ou sem Lula, não sei dizer. Só sei que a Globo – que tantas pessoas atiram pedra e condenam – está com os fundilhos na mão, se borrando de medo do militar.

Independente do resultado nas urnas, tampouco do que eu, jornalista e formador de opinião, ache dele, esse político entrou de fato para uma galeria, até então imaculada, daqueles que meteram as mãos e a própria cabeça na maior caixa de marimbondo desse país. Certamente há muitos que querem sua cabeça. A de Sérgio Moro também está a prêmio. Calar, peitar, botar o dedo em riste para o monopólio intocado da Globo, é pra poucos. Ou melhor, até hoje, apenas, para Jair Bolsonaro.

Apreciemos ele ou não.

Foto: Jornalista Mirian Leitão tentou ler a nota da Globo e se mostrou completamente perdida diante das acusações de Bolsonaro.

 

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Roger Campos

Jornalista

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