Em Três Pontas a queda foi sentida no setor de vestuário. Já as lojas de brinquedo tiveram um bom movimento

Os comerciantes brasileiros venderam menos, no Dia das Crianças. Na semana anterior à data, houve queda de 4,7 por cento, indica pesquisa feita pela Serasa Experian. Foi o pior Dia das Crianças para o comércio desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2006. Cenário que é consequência da crise econômica.

Apesar da crise na economia brasileira, lojas que usaram da criatividade e que procuraram vender com margens menores de lucro obtiveram bons resultados em Três Pontas.

Economistas da Serasa citaram, por exemplo, a diminuição da renda do trabalhador, o aumento dos juros do crediário e o desemprego como fatores que afastaram os brasileiros das lojas.

Vale lembrar que, no começo do mês, outra pesquisa da própria Serasa mostrou que o número de brasileiros endividados nunca foi tão alto e que, em setembro, o movimento no comércio caiu 2,6 por cento.

A loja de brinquedos Toy Kids registrou boas vendas no Dia das Crianças, principalmente por conta das promoções e das condições de pagamento.

De acordo com Presidente da Associação Comercial e Agroindustrial de Três Pontas, Michel Renan Simão Castro, as vendas do Dia das Crianças realmente tiveram uma queda e isso também foi sentido em Três Pontas, porém não de forma geral, mas sim atingindo principalmente o setor de vestuário. Já o setor de brinquedos obteve vendas satisfatórias. Michel Renan explica, além dos fatores já citados, um motivo particularmente notado em Três Pontas:

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“Nossa cidade também vive os reflexos da crise financeira que assola o país. E é muito comum as empresas anteciparem o pagamento do 13º salário até para não acumular tudo em dezembro. Muitas fazem isso em quatro parcelas, aqui em Três Pontas, sendo a primeira no mês de setembro. Isso não aconteceu com muitas empresas este ano, o que acabou afetando as vendas, o poder de compra do trabalhador”, explicou.

O Presidente da Associação Comercial adiantou também que prevê um Natal mais “magro” este ano, também por conta do arrocho financeiro e da retração da economia brasileira.

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