Há tempos que a tranquilidade e aquela marca de cidade de interior, pacata e bucólica, deixaram de ser realidade na cidade de Três Pontas. A violência se espalha feito praga por todos os municípios, independente do tamanho ou população. Na madrugada deste sábado (23), mais um assalto foi registrado em Três Pontas. A reportagem do Conexão Três Pontas esteve com exclusividade no Posto Ipiranga (Antigo Posto Renato Veloso), em frente ao Sambódromo Jaime Abreu, acompanhou o desenrolar dos fatos e conversou com o frentista que foi assaltado.
De acordo com o frentista Rone Roma Lourenço, popular Marabinha, ele estava trabalhando normalmente, abastecendo os veículos, quando dois homens se aproximaram e anunciaram o assalto.
“Eles chegaram a pé, tranquilos. Sem que ninguém percebesse nada, me falaram que aquilo era um assalto e que era pra eu passar o dinheiro, No começo achei que era brincadeira e disse pra eles pararem com aquela suposta “brincadeira”. Foi quando, sem criar alarde para os frequentadores da Loja de Conveniência, que estava cheia, um deles levantou a camisa e me mostrou a arma de fogo. Inicialmente pensei ser de brinquedo. Mas eles foram insistindo e eu fiquei com medo. Pedi calma pra eles e entreguei o dinheiro que eu tinha. Eles ficaram nervosos e pediram mais dinheiro. Eu falei que não tinha mais nada e eles pegaram e fugiram”, pontuou.
Ainda segundo a vítima do assalto, a ação foi muito rápida e discreta. Os dois bandidos, de cor clara, aparentando cerca de 20 anos de idade cada um, subiram correndo em direção a Rodoviária. Ali deram um tiro para o alto e sumiram.
De acordo com um taxista que estava no local, o disparo realmente ocorreu. A Polícia Militar esteve no Posto de Combustíveis e fez o Boletim de Ocorrências, iniciando imediatamente o rastreamento. Nas proximidades da Rodoviária foram encontradas duas capsulas de bala, sendo uma deflagrada e outra intacta.
A PM já tem a identidade dos dois suspeitos, podendo ser de Varginha.
O frentista Marabinha disse ao Conexão que eles levaram cerca de R$250,00. Assustado, ele falou da sensação inusitada em Três Pontas:
“Eu morei em São Paulo e lá fui assaltado 8 vezes. Aqui eu nunca havia passado por isso. Foi a primeira vez e o susto foi muito grande, principalmente quando vi que estavam realmente armados. É difícil trabalhar assim na madrugada, todos estamos reféns dos bandidos. A situação está complicada. Dá medo”, concluiu.
Até o fechamento desta reportagem ninguém havia sido preso.