Três Pontas sediará neste final de semana, mais precisamente nesta sexta (28) e sábado (29), mais uma edição do maior festival de música do Brasil: O Festival Nacional da Canção, inicialmente conhecido como o festival de Boa Esperança e que com o passar dos anos ganhou uma projeção muito maior.

A estrutura para o evento começou a ser montada na manhã desta quarta-feira (26), fazendo com que o fluxo de veículos no entorno da Praça Cônego Vítor fosse interrompido ou desviado, como em frente às agências bancárias e também em frente ao Coreto Municipal. E esse fechamento “adiantado” do trânsito acabou desagradando mais uma vez os comerciantes que, apesar se serem favoráveis à realização de eventos, cobram mais organização no sentido de amenizar as perdas para o setor. Nossa reportagem foi procurada pelo comerciante e empresário Sebastião de Fátima Cardoso. Ele falou sobre o assunto:

“Quero inicialmente dizer que não somos contra a realização de eventos aqui na Praça Cônego Vítor. Mas o que acontece é que por conta da falta de planejamento e de diálogo com os comerciantes nossa classe acaba sendo sempre prejudicada. Sou católico, respeito os eventos aqui, mas da forma como as coisas são conduzidas está errado. Falta respeito com o comerciante. Quem gera empregos e paga impostos somos nós. Aí vem agora mais um evento que, repito, não sou contra, que será realizado na sexta a noite e no sábado. E na quarta-feira já fecham o trânsito, interditam tudo? Tá errado, muitos reclamando sobre isso.

Porque não montou no dia? Porque só o comerciante leva o prejuízo? E também quero saber porque esses eventos não são realizados nos locais que foram criados para eventos, como o Centro de Eventos Wagner Tiso, a Mina do Padre Victor ou até o Campo do TAC? Porque tem que ser na Praça Cônego Vítor? Os comerciantes me procuraram e estão indignados. Espero que as autoridades olhem isso com mais carinho e respeito, já que o cidadão tem o direito de ir e vir. O consumidor quando não encontra vaga de estacionamento ele procura outros lugares para comprar e como não tem como parar aqui na Praça Cônego Vítor estamos realmente sendo prejudicados. Dono de restaurante, dono de padaria, dono de loja, enfim, todos estão sentindo isso”, pontuou.

Nós conversamos com o presidente da Associação Comercial, Michel Renan Simão Castro, que deu o posicionamento da entidade frente a essa questão:

“Três Pontas tem muitos lugares que poderiam ser destinados para esses eventos. Insistem em realiza-los na Praça Cônego Vítor e isso provoca uma série de prejuízos para comerciantes e pessoas que ali residem. Esses eventos deveriam acontecer em locais destinados para isso. Tudo é a maneira de abordagem de se discutir, de como o trâmite foi feito. Se tivesse sido dada publicidade antecipada, informando tudo, quando seria fechado, quando seria aberto, enfim, se houvesse conversa com os comerciantes, minimizaria o mal-estar.

O dialogo é a maneira mais correta para se evitar problemas e esses empresários não foram ouvidos e eles reivindicam um direito que é deles”, declarou.

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