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Em nome da ética e do bom senso o senador, José Antonio Reguffe (PDT-DF), se elegeu senador com mais de 826 mil votos. Ao assumir o mandato Reguffe deu mais uma amostra de sua marca registrada, economia de recursos públicos. No primeiro dia de mandato o parlamentar protocolou nove ofícios à diretoria-geral do Senado que resultou na redução de gastos do gabinete para menos da metade.

O senado baseia as campanhas eleitorais pautadas em demonstrar à sociedade que é possível se exercer um mandato parlamentar sem a necessidade de se utilizar das regalias e boa parte dos recursos públicos concedidos pelo Estado e que saem do bolso da população brasileira.

Nesse contexto, entre as contenções de despesas no gabinete Reguffe reduziu de 55 para 12 a quantidade de assessores, abriu mão de 100% da verba indenizatória e da cota de atividade parlamentar. O impacto dessas duas medidas gera uma economia de quase R$ 17 milhões, isso sem contabilizar economias indiretas com custos de férias e encargos sociais de servidores que deixou de contratar.  O Senador recusou ainda carro oficial, consequentemente economizará com combustível e manutenção.

Reguffe foi além, abriu mão de plano de saúde que garantiria acesso a tratamentos médicos e odontológicos tanto dele (senador) quanto de toda família. Esse benefício concedido aos senadores e deputados federais é vitalício, ou seja, é concedido aos parlamentares e aos familiares, enquanto o parlamentar estiver vivo, mesmo após ter deixado de desempenhar tal função. Mais que isso, preferiu contribuir com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a ter direito à aposentadoria especial de parlamentar.

As medidas foram tomadas pelo parlamentar em caráter irrevogável. Isso o impede de reconsiderar a decisão futuramente. Se a mesma iniciativa tivesse adesão dos outros 79 senadores, a economia estimada aos cofres públicos poderia ultrapassar R$ 1,3 bilhão.

“O mau político me odeia. Eu sei que é difícil trabalhar num lugar onde a maioria o odeia. Quero continuar provando que é possível exercer o mandato parlamentar desperdiçando menos dinheiro dos cofres públicos”, disse ele.

“Nem no meu melhor sonho eu poderia imaginar isso. O resultado do meu trabalho foi completamente inesperado nos últimos anos. Foi um reconhecimento ao mandato que fiz como deputado distrital e federal. Cumpri todos os meus compromissos de campanha. Enfrentei a maioria e cheguei a votar sozinho na Câmara Legislativa. E continuo fazendo misso no Senado”, disse.

O parlamentar emendou dando um bom exemplo de que nem todo político pode ser chamado de ladrão.

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“A campanha de 2010, por exemplo, foi muito simples, gastei apenas R$ 143,8 mil. Não teve nenhuma pessoa remunerada, não teve um comitê, carro de som, nenhum centavo de empresários. As outras também seguiram isso. Posso dizer isso alto e bom som. Foi uma campanha idealista, da forma que acho que deveria ser a política. Perfeito ninguém é. Mas honesta toda pessoa de bem tem a obrigação de ser. Não existe meio-termo nisso. Enfrentei uma campanha muito desigual. Só me elegi pelo trabalho como deputado distrital.

Abri mão dos salários extras que os deputados recebem, reduzi minha verba de gabinete, eliminei 14 vagas de assessores de gabinete. Por mês, consegui economizar mais de R$ 53 mil aos cofres públicos, um dinheiro que deveria estar na educação, na saúde e na segurança pública. Com as outras economias, que incluem verba indenizatória e cota postal, ao final de quatro anos, a economia foi de R$ 3 milhões. Se todos os 24 deputados distritais fizessem o mesmo, teríamos economia de R$ 72 milhões.

Na campanha, assumi alguns compromissos de redução de gastos. Abri mão dos salários extras como o 14º e o 15º, que a população não recebe e não faz sentido um representante dessa população receber. Não uso um único centavo da cota de passagens aéreas.

Não uso um único centavo do auxílio-moradia. É um absurdo um político de Brasília ter direito ao auxílio-moradia. Reduzi a cota interna do gabinete, o “cotão”, e não gasto além do necessário. 

Eu sou favorável a tudo que for para moralizar a atividade política,” concluiu.

Fonte Isto É

 

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Roger Campos

Jornalista

(MTB 09816)

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