Está acontecendo em Três Pontas a II Conferência Municipal da Saúde Mental, evento que tem como sede o auditório da Associação Comercial e Industrial de Três Pontas – ACAITP.

A Conferência de Saúde Mental é organizada pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Conselho Municipal de Saúde e tem como objetivo propor diretrizes para a formulação da Política Municipal, Estadual e Nacional de Saúde Mental e o fortalecimento dos programas e ações de Saúde Mental para a cidade.

Estão participando da conferência, dentre outras pessoas, o prefeito Marcelo Chaves Garcia, a secretária municipal de Saúde, Teresa Cristina Rabello Corrêa e o provedor da Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis, Michel Renan Simão Castro.

Saúde mental no Brasil: entenda o que é, impactos e como prevenir

Quais os desafios da saúde mental no Brasil? Nos últimos anos, as doenças mentais tiveram um aumento considerável. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mesmo assim, parte dessas pessoas não possuem assistência médica adequada quanto à saúde mental.

A depressão é o mal do século XXI. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros. Os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas. Então, como viver de forma plena e equilibrada diante uma realidade tão alarmante?

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O que é saúde mental?

Apesar da OMS apontar que não existe uma definição oficial sobre o problema, a saúde mental é considerada a todas as formas como a pessoa reage à diversas situações da vida.

Exigências, desafios, problemas, mudanças, momentos felizes e nem tão bons. Emoções que vivenciamos todos os dias, ao acordar e ao se deitar. Sentimentos que, de alguma forma despertam reações emocionais que impactam nossas vidas e a maneira como agimos e como pensamos.

Saúde mental é equacionar bem essas emoções. É estar bem consigo mesmo e com os outros, aceitando e entendendo o que a vida nos apresenta.

É considerado um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional, que define o nosso bem-estar social, emocional e psicológico. A forma como lidamos com esses fatores é que será determinante para manter ou não a qualidade da nossa saúde mental.

Seja em casa, em família, com amigos ou no trabalho, as adversidades existem e podem ser superadas.

Mas se não conseguirmos lidar com elas positivamente, isso pode gerar um desequilíbrio emocional, ocasionando uma série de transtornos emocionais e até doenças mentais.

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Os desafios de saúde mental no Brasil

O assunto ganhou importância e preocupação internacional. Tanto que foi instruído uma data especial para alertar sobre o tema e suas consequências. No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde Mental, especialistas e instituições de saúde focam suas iniciativas sobre os desafios desta área.

Os desafios são grandes, em especial em relação à assistência que ainda é deficitária. Problema que compromete a reabilitação do paciente, em especial em instituições públicas.

A falta de uma política séria e programas eficientes são os maiores desafios a serem ultrapassados. Aliado a isso, o preconceito ainda é outro grande entrave. Muitas pessoas simplesmente são chamadas de loucas e afastadas do convívio social.

Por outro lado, a pessoa doente se sente envergonhada ou tem medo de buscar ajuda psiquiátrica. Desinformação, falta de programas educativos preventivos e falta de conhecimento sobre a realidade do problema completam o quadro.

O Ministério da Saúde reconhece o agravamento da situação, em especial, pelo aumento no número de doenças psicossomáticas e suicídios.

Praticamente 20% dos brasileiros têm, teve ou terá algum distúrbio emocional, como ansiedade, depressão ou síndrome do pânico. Por outro lado, o declínio no número de leitos para internação só vem caindo nos últimos anos.

Em 1980 eram 120 mil e hoje em dia, não passam de 12 mil em todo país. No trabalho o problema é grande, agravado por jornadas de trabalho exaustivas, cobranças incabíveis e metas inalcançáveis. A mudança desse cenário exige engajamento de todos!

Conscientização

A maioria das pessoas não sabe ou confunde os sintomas de doenças mentais. Conscientizar as pessoas sobre o problema e as formas preventivas para evitá-lo é o melhor caminho.

Se não tratada corretamente, as doenças mentais agravam o estado de saúde mental e físico. A mudança desse cenário exige engajamento social. Os serviços de saúde precisam esclarecer a população sobre os cuidados preventivos.

Para isso se faz necessário investimentos públicos e privados em medidas de prevenção e de conscientização. Isso, para que um grau relativamente leve não evolua para grave, levando à pessoa à internação e privação do convívio social e do trabalho.

Cuidar do preconceito com o tema é o primeiro passo. O segundo é identificar e tratar sintomas como:

– Tristeza e preocupações excessivas;

– Cansaço sem motivo aparente;

– Perda do prazer por atividades que antes gostava;

– Desmotivação pelo trabalho;

– Alterações de humor ou alucinações.

Tratamento

Doenças mentais são complexas por si só. Exigem tratamento com multiprofissionais de saúde, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos, entre outros.

Claro que nem todas as pessoas que apresentam algum transtorno psíquico devem passar por todos esses profissionais. Os tratamentos são individualizados e personalizados de acordo com a grau do problema e as necessidades do paciente.

Os tratamentos podem ser somáticos ou psicoterapêuticos. O primeiro inclui medicamentos e terapias que estimulem o cérebro, como os estímulos magnéticos transcraniana e do nervo vago.

Já os tratamentos psicoterapêuticos, envolvem psicoterapia, técnicas de terapia comportamental e hipnoterapia. Dependendo do caso, o especialista pode associar todos os tipos de tratamentos e ainda indicar uso de medicamentos.

Entre eles antidepressivos, inibidores de substâncias químicas presentes no cérebro, ansiolíticos, antipsicóticos, entre outros. Em geral é o psiquiatra o profissional mais indicado para tratar doenças mentais e indicar o melhor tratamento.

Os mais convencionais são: eletroconvulsoterapia; psicoterapia; terapias comportamental, cognitiva e interpessoal; psicanálise; psicoterapia psicodinâmica ou psicoterapia de apoio.

*Com informações do Conexa Saúde

 

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Roger Campos

Jornalista / Editor Chefe

MTB 09816JP

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