A polícia afirma que a jovem morreu ao ter o pescoço quebrado. O suspeito do crime, Thiago Mayson da Silva Barbosa, 28 anos, está preso.
Estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi morta durante calourada na instituição ocorrida na sexta-feira (27). A polícia afirma que a jovem foi estuprada e teve o pescoço quebrado. Thiago Mayson da Silva Barbosa, de 28 anos, foi preso no sábado (28) por suspeita de ter cometido o crime. Jovem sonhadora, de origem muito pobre, estava prestes a realizar o sonho de se formar e comprar um casa para seus pais.
A jovem Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, chegou morta ao Hospital da Primavera, localizado na Zona Norte de Teresina. Ela apresentava lesões no rosto e em diversas regiões do corpo.
De acordo com o delegado Francisco Costa, o “Barêtta”, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a jovem foi violentada em uma sala do Programa de Pós-Graduação em Matemática, no Centro de Ciências da Natureza (CCN) da UFPI. Acontecia uma festa em um espaço próximo no momento.
Na sala, foram encontrados uma mesa e um colchão com vestígios de sangue. Os materiais foram apreendidos. Thiago Mayson da Silva Barbosa, 28 anos, suspeito do crime, possuía as chaves da sala.
“As chaves ficam com os funcionários, mas alguns estudantes, por morarem longe e no outro dia ter que fazer um trabalho, ter que utilizar o computador, às vezes utilizam a sala. No caso, o agressor tinha a chave da sala. Mas, em geral, não é uma política adotada”, informou um representante do Diretório Central dos Estudantes, Fábio Andrade.
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Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, era estudante do curso de Jornalismo na UFPI. Ela ingressou na instituição no segundo semestre de 2020 e já estava juntando dinheiro para pagar a festa de formatura.
A cunhada Andreza Almeida contou que Janaína era uma estudiosa e sonhava em escrever um livro. Ela foi a primeira da família a ingressar no ensino superior.
“Era muito estudiosa. Só vivia pra estudar. Gostava muito de ler, falava que um dia iria escrever um livro. Assim que entrou na universidade, precisava muito de um computador e, sem ter condições, começou a fazer bolos no pote pra vender e conseguir comprar”, contou.
Em uma rede social, Janaína compartilhava poemas de autoria própria. A última publicação, feita em 2 de janeiro deste ano, inicia com o verso: “anseio o que o futuro tem pra mim”. Veja abaixo:
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O Instituto de Medicina Legal (IML) emitiu uma declaração de óbito em que aponta que a causa da morte de Janaína foi trauma raquimedular por ação contundente, uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, que provocou lesão da medula espinhal e morte. Ou, seja, teve o pescoço quebrado.
O órgão reforçou que a ação contundente pode ter sido causada “por pancada, torcendo a coluna vertebral ou traumatizando, ação das mãos no pescoço com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso”.
Em depoimento, o suspeito teria dito que a jovem caiu. Um segurança contou que encontrou a vítima já morta nos braços de Thiago.
O suspeito é Thiago Mayson da Silva Barbosa, 28 anos, estudante do mestrado em matemática da UFPI. Ele foi detido no sábado (28) e relatou que Janaína passou mal durante uma relação sexual consensual.
“O que sabemos é que um vigilante da instituição avistou o rapaz saindo da sala, com a moça nos braços. O vigilante viu as roupas do rapaz sujas de sangue, disse ‘ei, o que tá acontecendo aí?’ e o rapaz disse ‘minha amiga passou mal, tô levando pro hospital’. O vigilante então deteve ele, chamou reforço e, de carro, foi com os dois até o hospital”, contou o delegado Barêtta.
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou que a administração não havia autorizado a festa realizada na sexta-feira (27). Em nota, a instituição afirmou que está colaborando com as investigações e que vai buscar imagens de câmeras de segurança para ajudar. A instituição declarou ainda que desaprova condutas que coloquem em risco estudantes, professores ou funcionários.
Fonte G1
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