“NÃO VOU ABAIXAR O SOM SUA VAGAB…, SUA PU…”, afirmou Franciane dos Reis diante do Juiz, se referindo a suposta agressão verbal que teria antecedido um tapa em seu rosto, desferido pela vítima de homicídio.

Os julgamento de Alessandro dos Reis, acusado de matar o vizinho Renato Batista com um tiro na nuca, está acontecendo desde às 09h50 desta terça-feira (10), na sala de juri do Fórum Dr. Carvalho de Mendonça em Três Pontas. A primeira testemunha arrolada foi a esposa do réu. A Sra. Franciane dos Reis respondeu as perguntas do advogado de defesa de seu marido. Foram vários questionamentos feitos pelo Dr. Fábio Gama. O advogado de acusação, Dr. Francisco Braga também sabatinou a testemunha ocular do crime. Conforme a Sra. Franciane dos Reis, Renato bateu a mão no braço do Alessandro para ele abaixar a arma, momento em que, segundo ela, o revólver teria disparado acidentalmente. “Ele estava irônico e certamente embriagado. A mãe não estava no local na hora”, disse ela.

A esposa de Alessandro dos Reis – acusado de ter matado Renato Batista com um tiro na cabeça – em seu depoimento no julgamento que acontece agora no Fórum Dr. Carvalho de Mendonça, em Três Pontas, disse que foi agredida pela vítima de homicídio. Sabatinado pelo advogado de defesa do acusado, Dr. Fábio Gama, a Sra. Franciane dos Reis disse que foram várias tentativas amigáveis de pedir para a vítima abaixar o volume do som, mas que Renato se negava e, pior, teria passado a ameaça-la:
“Sua vagab… Sua pu… Se você fizer o dono da casa que eu alugo me tirar daqui vou matar você. Essas foram as palavras do Renato na hora que tudo ocorreu. E ele ainda socou a mão na minha cara. Meu marido Alessandro apontou a arma e Renato bateu a mão no revólver que disparou. Ele caiu e a mãe dele chegou gritando. Ou seja é mentira que a Dona Renilda tenha visto o disparo”, declarou a depoente.
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A Sra. Franciane relatou como foi o dia do crime para seu marido Alessandro, que estaria nervoso por conta da morte de um tio e do estado de saúde de sua mãe.
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“Meu marido estava trabalhando e foi informado da morte de seu tio. Ele saiu mais cedo e foi até a casa de sua mãe, que é uma pessoa doente, para dar a notícia. Ele ficou muito nervoso com medo da reação de sua mãe. Ele chegou em casa depois que a mãe dele foi tranquilizada e por volta das 23 horas fomos deitar. Mas o som alto começou de novo. Era festa quase todo dia. Uma verdadeira algazarra. Mulheres gritando, garrafas quebrando e móveis sendo arrastados. Até de dias da semana tinha isso. Foram oito meses de inferno. Vários vizinhos reclamaram. Então meus filhos foram no meu quarto reclamar que não conseguiam dormir. Foi então que de pijama fui até vá casa do Renato, ao lado da minha. Cheguei e toquei duas vezes a campainha. A mãe dele veio e eu percebi que Alessandro estava do meu lado. Pedi pra chamar o Renato e ela gritou ele duas vezes. Ela entrou pra prender seu cachorro e o Renato chegou irônico. Só depois do tiro acidental é que a mãe dele voltou e uma mulher saiu de dentro da casa e vendo Renato no chão disse que chamaria o Samu”, emendou.
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A depoente ainda acrescentou: “Meu marido ficou desesperado e disse: Nossa é agora? Falei pra ele sair pra fugir do flagrante. Alessandro foi embora e ficou preocupado comigo e com os filhos, com nosso padrão de vida. Foi pra São Paulo para trabalhar. Ele queria se entregar. Foram várias conversas pra ele se entregar. Mas o delegado Dr. Andrei não aceitou. Alessandro começou trabalhando como manobrista e virou gerente. Repito, ele não se apresentou porque nossos filhos passariam aperto, não tínhamos como nos manter. Foi um acidente o que aconteceu. A gente não queria isso. Só queríamos resolver”, enfatizou.
O advogado de acusação, Dr. Francisco Braga também fez perguntas para a Sra. Franciane. Um dos questionamentos foi: “Se sua versão é verdadeira, por que nunca registrou um Boletim de Ocorrência?” A esposa do acusado então disse que chamou a Polícia Militar várias vezes e que não fez B.O. porque a PM alegou que não tinha viatura para se deslocar até sua residência. “Quando o Renato me ameaçou não fiz B.O. pois achei que, após falar com o dono da casa pedindo que ele resolvesse essa situação e ele colocar placa de venda, Renato iria se mudar”, finalizou.
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O julgamento ainda está acontecendo e nossa reportagem segue acompanhando.

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Roger Campos

Jornalista

MTB 09816

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