Um drone pulverizador, com capacidade de voo autônomo e controlado pelo celular. Essa é uma das novidades da Expocafé, que teve início nesta quarta-feira (17) e acontece até sexta (19) em Três Pontas, no Sul de Minas, com expectativa de receber 15 mil visitantes. A 26ª edição do evento acontece no Campo Experimental da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).

A feira é uma das maiores voltadas para o setor produtivo do café, com objetivo de apresentar novidades em máquinas e tecnologias. O drone pulverizador é uma delas e visa facilitar o trabalho do produtor no campo.

“Toda conexão dele é pelo telefone. Então, o controle dele é o smartphone , existe uma conexão entre a base RTK [equipamento envia um sinal de correção do erro do GPS para o equipamento trabalhando em campo], o terminal e o controle do drone. A partir desta conexão, gera-se um plano de voo, onde o piloto vai informar velocidade, altura do drone, o tamanho de gota”, explicou o empresário Bruno Oliveira.

Conforme o vice, os números estão disponíveis na plataforma SeloVerde MG, desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio de Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto Estadual de Florestas (IEF).

A partir do cruzamento das informações inseridas no banco de dados da plataforma, ele destacou ser possível analisar a situação das propriedades em relação à sustentabilidade da produção cafeeira no estado. O estudo envolveu 115.028 propriedades e evidenciou que nenhum tipo de desmatamento foi feito a partir de 22 de julho de 2008, data-limite estabelecida pelo Código Florestal para autuações de infrações ambientais.

Conforme o Governo de MG, o café é cultivado em 451 municípios mineiros, ocupando área de 1,3 milhão de hectares. Em 2022, a produção do estado foi de 22 milhões de sacas, representando 43% da safra nacional. Para 2023, a estimativa é de 27,5 milhões de sacas, totalizando 50% da safra nacional.

Principal produto da pauta de exportação do agronegócio de Minas, no ano passado, o café apresentou recorde histórico tanto em relação ao volume quanto receita. O segmento alcançou US$ 6,9 bilhões (45% do valor exportado pelo agro mineiro), com o embarque de 28,5 milhões de sacas. Neste ano, no período de janeiro a abril, a receita com as exportações alcançou US$ 1,7 bilhão, com o envio de 7,7 milhões de sacas.