Apesar das dificuldades econômicas, e das demissões em massa que estão acontecendo em diversas regiões do Brasil, a cidade de Três Pontas registrou um saldo positivo no número de vagas de trabalho com carteira assinada. Os números do Ministério do Trabalho e Emprego apontam o município em 20º lugar no ranking brasileiro, e em 4º lugar de Minas Gerais.

O cálculo é feito com base nas admissões e nos desligamentos feitos durante um períodos, nos diversos setores da economia. Nesse sentido, Três Pontas teve um balanço positivo, com 1.456 vagas geradas de Janeiro a Agosto de 2015, o que representa uma variação positiva de 13,41%.

O que ajudou na geração do emprego foi a Agropecuária, que representou uma variação positiva de 50,51%. O setor foi destaque em mais 12 cidades do país.

A Construção Civil teve uma variação positiva de 4,80%, o setor de Serviços também cresceu o número de empregados em 5,70%. O Comércio e a Indústria de Transformação foram os únicos que tiveram movimentos negativos. O primeiro teve uma redução de 0,49% nas contratações, enquanto o segundo teve um saldo negativo de 4,00 %.

O coordenador do curso de ciências econômicas do Centro Universitário Newton Paiva, Leonardo Bastos Ávila, observou que o impacto da redução da atividade econômica não é sentido com a mesma intensidade nos municípios brasileiros. “Vai depender da relevância de alguns setores na economia das cidades. O fato é que os impactos da crise estão bem espalhados pelos segmentos da economia. O único setor que vem sentindo menos é o agronegócio”, observa.

Veja as 30 cidades que mais geraram empregos neste ano (até agosto):

  1. Franca (SP) – 5.026
  2. Juazeiro (BA) – 4.268
  3. Pontal (SP) – 4.211
  4. Bebedouro (SP) – 3.569
  5. Cristalina (GO) – 3.511
  6. Petrolina (PE) – 3.141
  7. Matão (SP) – 2.888
  8. Arapiraca (AL) – 2.829
  9. Goianesia (GO) – 2.312
  10. Nova Serrana (MG) – 2.168
  11. São Gotardo (MG) – 2.006
  12. Casa Nova (BA) – 1.966
  13. São Gonçalo do Amarante (CE) – 1.849
  14. Santa Cruz do Sul (RS) – 1.797
  15. São José do Rio Pardo (SP) – 1.776
  16. Goiânia – 1.627
  17. Pitangueiras (SP) – 1.619
  18. Patrocínio (MG) – 1.578
  19. Vargem Grande Paulista (SP) – 1.495
  20. Três Pontas (MG) – 1.456
  21. São Lourenço da Serra (SP) – 1.389
  22. Iturama (MG) – 1.280
  23. Vargem Grande do Sul (SP) – 1.244
  24. Inhumas (GO) – 1.216
  25. Caucaia (CE) – 1.179
  26. União (PI) – 1.163
  27. Medianeira (PR) – 1.139
  28. Machado (MG) – 1.138
  29. Campo Verde (MT) – 1.110
  30. Araucaria (PR) – 1.088

Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), essas 30 cidades registraram 63 mil novos postos de trabalho no intervalo de janeiro a agosto deste ano, enquanto que no mesmo período foram eliminadas no país 573 mil vagas. Nos últimos 12 meses finalizados em agosto, o mercado de trabalho formal no país reduziu 986 mil vagas.

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Todas as cidades mencionadas possuem mais de 30 mil habitantes. A cidade mineira mais bem colocada na geração de vagas no país foi Nova Serrana (região Centro- Oeste). O conhecido polo de produção de calçados ocupou o 10º lugar no país e o 1º no Estado, com 2.168 vagas.

Entre as cidades que mais geraram vagas em Minas, algumas tem forte presença do agronegócio, com destaque para a produção de café, como Patrocínio, que ocupou o terceiro lugar entre as cidades que mais criaram vagas no Estado, seguida por Três Pontas. Machado também foi destaque e ocupou o sétimo lugar.

As cidades com vocação industrial em Minas Gerais foram as que mais cortaram vagas neste ano, segundo dados do Caged. Depois da capital, Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi a que mais reduziu vagas em 2015 até agosto. Foram 7.536 empregos a menos neste ano. O terceiro lugar na ranking do desemprego ficou com Betim, com menos 5.042 vagas.

Dados Ascom PMTP  (com informações do Jornal O Tempo e Jornal Exame – Fonte: CAGED)

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