PRODUTORES E ASSOCIAÇÕES GARANTEM QUE NÃO VAI FALTAR O PRODUTO, MESMO DIANTE DA CRISE NO RIO GRANDE DO SUL

O Rio Grande do Sul é o principal produtor do cereal, sendo responsável por 70% da safra nacional. A colheita de arroz no Rio Grande do Sul, até o momento, chegou a 83% do total da área prevista e o que já foi colhido apresenta boa qualidade e produtividade, o que garante o abastecimento dos brasileiros. A informação é da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

Apesar disso, muitas informações desencontradas estão sendo veiculadas nas redes sociais e na mídia dando conta de um possível desabastecimento de arroz. Mercados, Supermercados e hipermercados de vários locais do Brasil já estão racionando a venda de arroz, limitando determinada quantidade por pessoa.

TRÊS PONTAS

A reportagem do Conexão Três Pontas foi pessoalmente conferir em alguns Supermercados da cidade e também nos hipermercados.

Constatamos que, em todos os estabelecimentos visitados, a venda de arroz está limitada às seis pacotes por pessoa.

Placas indicativas confirmam a nova determinação.

Nossa reportagem conversou com um dos proprietários do Moacyr Supermercados. Denilson Lamaita Miranda nos falou sobre a questão:

“Por enquanto as nossas cargas de arroz estão chegando normalmente. Recebemos dois caminhões esses dias. O problema é que se as pessoas começarem a comprar além do que sempre compraram, se a demanda aumentar muito com certeza vai faltar. Isso tudo é temporário e nós estamos restringindo no máximo seis pacotes por cliente. Para a próxima semana eu não sei como ficará a situação. Mas não recomendo que as pessoas estoquem o produto”, disse ele.

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Também conversamos com o ex-presidente da Associação Comercial, proprietário do SuperKiko, ao lado de seu pai, Bruno Carvalho:

“Ao que tudo indica não teremos problema de desabastecimento. Estou sempre em contato com outros supermercadistas, temos um grupo, e até o momento não há motivo para pânico, não vejo o risco de faltar arroz no mercado. A minha sugestão é que as pessoas não comprem em excesso, Não há necessidade de estocar arroz. Mas se as pessoas começarem a fazer isso, com certeza a situação poderá se complicar”, declarou.

Segundo o presidente da entidade, Alexandre Velho, dentro do espectro dos 83% já colhidos, se apresentam boas médias de produtividade. “Já temos um bom volume de arroz e mesmo que a gente tenha dificuldades na colheita deste saldo que falta colher, certamente o Rio Grande do Sul tem plenas condições de colher uma safra bem acima dos sete milhões de toneladas. Embora tenhamos este grande problema com relação à colheita do que falta, nós temos plenas condições de afirmar que nós não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno”, garante.

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Conforme o dirigente, há um problema momentâneo de logística, principalmente na ligação com o interior do Rio Grande do Sul. “Mas a ligação com os grandes centros através da BR-101 está normal, temos bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil. Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação. O Brasil é um grande produtor de arroz, a área aumentou aqui no Rio Grande do Sul, assim como em outros Estados produtores. Então não existe motivo algum para nós termos qualquer alerta com relação a problemas de abastecimento com relação ao arroz”, avalia.

Velho ressalta que este momento é de auxiliar os produtores, deixar baixar as águas para poder chegar nas lavouras e, desta forma, poder quantificar e ver realmente o tamanho do prejuízo.

Até o momento, as últimas informações dão conta de que foram perdidas nas enchentes 114 mil toneladas de arroz no Rio Grande do Sul. Mas isso representa apenas 1,6% de toda a colheita esperada.

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Roger Campos

Jornalista / Editor Chefe

MTB 09816JP

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