Enquanto muitos trespontanos se mostram preocupados com os casos de Dengue para este ano de 2016, algumas pessoas parecem viver no mundo da lua, estão alienadas aos riscos e acabam colocando em risco não apenas a própria saúde, mas de toda família e comunidade. Um caso suspeito de rubéola também está sendo investigado e as últimas informações podem até mudar o diagnóstico para Zika vírus, de acordo com informações de profissionais ligados à saúde e ao Laboratório Municipal que preferiram não se identificar.

Uma mulher trespontana, residente no Bairro Vila Marilena, local onde muitos casos de Dengue foram notificados em 2015 e que, parece, já sofre com esse fantasma novamente, realizou exame de sangue hoje no Laboratório Municipal. As primeiras suspeitas seriam de Rubéola, mas o diagnóstico, de acordo com os sintomas podem mudar pra Dengue ou para o Zika vírus. É necessário aguardar o resultado do exame para definir qual doença essa mulher contraiu.

Autoridades de saúde do Município estão preocupadas com a situação e realizando diversas atividades, como o conhecido fumacê, além de campanhas de conscientização, visitas nas casas, entre outras. A situação realmente preocupa já que muitos casos suspeitos estão chegando ao conhecimento dos órgãos de saúde todos os dias. Notificações constantes aos proprietários de lotes e terrenos sujos, onde se prolifera o mosquito transmissor.

3
O pedreiro Antonio Carlos não resistiu às complicações da Dengue.

Um homem de 57 morreu em Três Pontas em março de 2015 por contra da Dengue. Se não houver uma grande conscientização, somada a um trabalho maciço dos órgãos de saúde, viveremos um caos na saúde já nos próximos dias.

De acordo com moradores, nesta quinta-feira, foi realizado um grande fumacê na Vila Marilena, através da Secretaria Municipal de Saúde, da Prefeitura Municipal de Três Pontas.

Ao se deparar com um terreno sujo, possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, procure a Secretaria Municipal de Saúde e denuncie. O mosquito criado pelo vizinho pode matar você!

ZIKA VÍRUS

​Os sintomas do Zika vírus incluem febre, dor nas articulações e músculos, além de conjuntivite e manchas vermelhas na pele. A doença é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, e os sintomas normalmente surgem 10 dias após a picada.

O Zika vírus não é contagioso, e por isso não passa de uma pessoa para outra. A única forma de pegar esta doença é sendo picado pelo mosquito. No entanto, se um mosquito que não tem o Zika vírus picar uma pessoa que está com Zika, ele é contaminado e começa a passar a doença para outras pessoas através de sua picada.

Os sintomas do Zika vírus são semelhantes aos da Dengue, porém, o Zika vírus é mais fraco e por isso, os sintomas são mais leves e desaparecem entre 4 a 7 dias, porém é importante ir ao médico para confirmar se realmente está com Zika.

Inicialmente, os sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe, provocando:

Febre, entre 37,8°C e 38,5°C;

Dor nas articulações, principalmente das mãos e pés;

Dor nos músculos do corpo;

Dor de cabeça, que se localiza principalmente atrás dos olhos;

Febre

Dor nas articulações

Dor de cabeça

4

Conjuntivite, que é uma inflamação do olho e que provoca cor avermelhada dos olhos, sensação de picada que leva a lacrimejar, inchaço das pálpebras e secreção amarela;

Hipersensibilidade nos olhos, e maior sensibilidade à luz do dia;

Manchas vermelhas na pele, que iniciam na face e que se podem espalhar pelo corpo e, que podem ser confundidas com sarampo;

Cansaço físico e mental.

Dor na barriga

Manchas vermelhas na pele

Além destes sintomas, também pode-se observar, com menos frequência, problemas digestivos, como dor no abdômen, náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre, aftas e coceira pelo corpo.

Microcefalia

O vírus pode passar de mãe para filho durante a gravidez provocando um grave doença chamada microcefalia, mas também existe a suspeita de que o Zika possa ser transmitido através do leite materno, fazendo com que o bebê desenvolva os sintomas de Zika e também através do contato íntimo sem camisinha, mas estas hipóteses não estão confirmadas e parecem ser muito raras.

Se estiver grávida ou amamentando fale com o médico e siga todas as suas orientações.

O Zika vírus é da mesma família dos causadores da Dengue e da Febre Chikungunya, causando sintomas semelhantes, porém menos intensos, mas suas consequências podem ser muito graves.

O tratamento para Zika vírus é muito semelhante ao da dengue, no entanto, em caso de Zika vírus, o médico pode indicar:

Tomar remédios para dor e febre, como Paracetamol ou Dipirona, de 8 em 8 horas;

Tomar anti-infamatórios, como Ibuprofeno, de 8 em 8 horas, para diminuir as dores nas articulações e nos músculos;

Aplicar um colírio nos olhos 3 a 6 vezes ao dia, como os lubrificantes

Usar remédios anti-alérgicos, como Loratadina, Cetirizina ou Hidroxizina.

Além dos remédios, é importante descansar durante 7 dias e fazer uma alimentação rica em vitaminas e minerais, além de beber muita água, para se recuperar mais rápido.

Os remédios que contém ácido acetil salicílico não devem ser utilizados, assim como ocorre em caso de dengue, porque eles podem aumentar o risco de hemorragias. Veja exemplos de remédios contraindicados nessas duas doenças em: Remédios para dengue.

RUBÉOLA

Rubéola, também conhecida como sarampo alemão, é uma infecção contagiosa causada por vírus e caracterizada por erupções vermelhas na pele.

A rubéola é causada pelo vírus Rubella vírus e é transmitida de pessoa para pessoa, por meio do espirro ou tosse, sendo altamente contagiosa. Uma pessoa com rubéola pode transmitir a doença a outras pessoas desde uma semana antes do início da erupção até uma a duas semanas depois de seu desaparecimento. Ou seja, uma pessoa pode transmitir a doença antes mesmo de saber que tem rubéola.

A doença também pode ser congênita, podendo ser transmitida de mãe para filho ainda durante a gravidez.

Ter contato próximo com uma pessoa infectada com rubéola é um grande fator de risco para o contágio.

Não tomar a vacina tríplice viral, que age também contra o sarampo e a caxumba, pode tornar a pessoa vulnerável ao vírus causador da rubéola.

Recém-nascidos costumam ser a faixa etária de maior risco, uma vez que ainda não foram vacinados contra a doença. Os adultos, por outro lado, não estão livres da rubéola só porque foram vacinados. Pode acontecer de a vacina perder a eficácia e deixar de proteger a pessoa completamente, por isso é recomendável que se tome um reforço da vacina alguns anos após a primeira dose.

Os principais sintomas da rubéola costumam ser leves e difíceis de serem notados, especialmente em crianças. Quando surgem, os sinais da doença demoram geralmente de duas a três semanas após a exposição com o vírus para se manifestar e duram, em média, de dois a três dias. O principal deles é o surgimento de erupções vermelhas pela pele, que aparecem primeiramente no rosto e depois vão se espalhando pelo tronco, braços e pernas. Entre os outros sintomas da rubéola estão:

Febre leve

Dor de cabeça

Congestão nasal

Inflamação nos olhos (avermelhados)

Surgimento de nódulos na região da nuca e atrás das orelhas

Desconforto geral e sensação de mal-estar constante

Dor muscular e nas articulações

Se você tem planos de engravidar, consulte um médico para se informar sobre a vacina contra rubéola. Contrair a doença durante o primeiro trimestre da gestação pode causar sérios riscos à saúde do bebê, podendo inclusive levar à má-formação de órgãos e à interrupção da gravidez. A rubéola, durante a gestação, é a principal causa de surdez congênita.

As erupções na pele causadas pela rubéola se parecem com quaisquer outras erupções provocados por doenças similares, por isso um exame físico não basta para confirmar o diagnóstico. O médico, então, pedirá por exames laboratoriais para ter certeza de que se trata de uma infecção por rubéola.

Um esfregaço nasal ou da garganta pode ser enviado para cultura. Também pode ser feito um exame de sangue para verificar se a pessoa está protegida contra a rubéola. Todas as mulheres com possibilidade de engravidar deveriam fazer esse exame. Se o exame der negativo, elas receberão a vacina.

Não há tratamento disponível para interromper a infecção por rubéola, mas os sintomas são tão leves que o tratamento não costuma ser necessário. No entanto, para evitar a transmissão do vírus para outras pessoas que eventualmente não foram vacinadas ou estão precisando tomar o reforço da vacina, os pacientes devem permanecer em casa durante o período de altas chances de contágio.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *