Há exatos 22 anos, no dia 2 de março, um acidente de avião parou o Brasil. Dentro da aeronave, que caiu na Serra da Cantareira (SP), estavam dois tripulantes, um segurança, um assistente de palco e todos os cinco integrantes do grupo que vendeu mais de 5 milhões de discos com seu som divertido e irreverente. A saudade dos Mamonas Assassinas não passa…
Todos morreram, deixando um vazio enorme e uma obra incrível que nunca será esquecida. Não à toa, todo mundo no Twitter está mega saudoso nesta semana.
Até mesmo quem era criança lembra desse do dia 02 de março de 1996.
Histórico
O “Mamonas Assassinas” foi uma banda brasileira de rock cômico formada em Guarulhos em 1990, inicialmente com o nome de Utopia. O som era uma mistura de punk rock com influências de gêneros populares, tais como forró (Jumento Celestino), brega (Bois Don’t Cry), heavy metal (Débil Metal), pagode (Lá Vem o Alemão), música mexicana (Pelados em Santos), reggae (Onon Onon) e vira (Vira-Vira).
A carreira da banda, com o nome de Mamonas Assassinas, durou de julho de 1995 até 2 de março de 1996 (pouco mais de 7 meses). Tiveram um sucesso meteórico. Com um único álbum de estúdio, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, o grupo vendeu mais de 3 milhões de cópias no Brasil, sendo certificado com disco de diamante comprovado pela ABPD. Com letras bem-humoradas, o álbum lançou os “Mamonas” ao estrelato nacional.
A banda enviou uma fita demo com as músicas Pelados em Santos, Robocop Gay e Jumento Celestino para três gravadoras, entre elas Sony Music e EMI. Rafael Ramos, baterista da banda Baba Cósmica e filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na contratação. Após assistir a uma apresentação do grupo em 28 de abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas.
NOSSA REPORTAGEM ESTEVE EM GUARULHOS
O enterro, no dia 4 de março no cemitério Parque das Primaveras, em Guarulhos-SP, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto) O enterro também foi transmitido na televisão, com canais interrompendo sua programação normal.
O jornalista Roger Campos esteve em Guarulhos na época, visitou a casa de Dinho e também o local onde os 5 integrantes, o Parque Cecap onde eles moravam, além do piloto foram enterrados. Veja fotos dessa visita:
Opinião
Engraçado como existem coisas que marcam a nossa vida de um jeito bem forte. Os Mamonas foram, provavelmente, meus primeiros ídolos, em uma época que eu nem entendia o que era ter um ídolo. E hoje, 22 anos depois, continuam sendo! Ser fã de Mamonas é solitário, às vezes meio incompreendido, não temos muito em que nos apegar e talvez seja por isso que muita gente não entenda como depois de todos esses anos ainda existam pessoas que não esquecem jamais.
Os Mamonas foram passageiros quando se fala em meses, anos, tempo, mas quando se fala em amor, fã, admiração, foram e serão eternos. 22 anos sem eles, contados em tempo, mas um pra sempre com eles, contados em amor.
Viva os Mamonas!