Tutora disse que espera justiça sobre atropelamento e morte.
Três Pontas ainda não se refez totalmente da perda de uma de suas figuras mais ilustres da cultura popular. É que no último sábado (12), Francisco de Paula Vitor Santos, popularmente conhecido como Paulinho Beijinho morreu após ser atropelado na Rua Nossa Senhora d’Ajuda, depois de ficar deitado no meio da rua, como fazia de costume.
O Conexão três Pontas conversou com a tutora de Paulinho, Maria Glória das Graças Silva Miranda, Dona Glória, que falou sobre a saudade de Paulinho, a indignação com o ocorrido e a Missa de Sétimo Dia:
“Eu estou sem chão. É muito triste tudo o que aconteceu. O Paulinho estava morando comigo há 23 anos, e era como um filho, uma pessoa simples, inofensiva que só fazia o bem a todos. Eu estou indignada, principalmente porque eu sequer fui procurada pela mulher que o atropelou para me dar os pêsames. E não estou falando de dinheiro não, porque, graças a Deus eu vivo bem e não preciso. Mas a impressão que dá é que atropelaram e mataram um animal.
Eu estou correndo atrás de tudo pra ele e quero justiça. Eu cuidei do Paulinho com muito amor, assim como cuidei da mãe dele e de outras duas irmãs.
Também quero aproveitar para agradecer o carinho de todos com o Paulinho e pedir que aqueles que gostavam dele, que possam ir na Missa de Sétimo Dia que será na próxima sexta-feira, às 18hs30min. na Matriz d’Ajuda”, pontuou.
Paulinho Beijinho era portador de necessidades especiais, tomava remédio controlado e tinha 50 anos de idade. Se tornou um símbolo da cultura popular trespontana e mora, para sempre, no coração de milhares de pessoas desta terra.
*O Conexão Três Pontas está tentando contato com a senhora envolvida no atropelamento para abrir espaço e ouvir a sua versão sobre os fatos.