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Câncer de pele

O câncer de pele é o tipo de tumor mais incidente na população – cerca de 25% dos cânceres do corpo humano são de pele. É definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Qualquer célula que compõe a pele pode originar um câncer, logo existem diversos tipos de câncer de pele.

Os cânceres de pele podem ser divididos em câncer de pele não melanoma e câncer de pele melanoma. Dentre os cânceres não melanoma, há o carcinoma basocelular(CBC) que é o mais frequente e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular. Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são CBC e 20% são CEC. Já o melanoma cutâneo, mais perigoso dos tumores de pele, tem a capacidade invadir qualquer órgão e espalhar pelo corpo. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro.

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Carcinoma basocelular

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum, constituindo 70% dos casos – mas, felizmente, é o tipo menos agressivo. Ele leva esse nome por ser um tumor constituído de células basais, comuns da pele. Essas células começam a se multiplicar de forma desordenada, dando origem ao tumor. O carcinoma basocelular apresenta crescimento muito lento, que dificilmente invade outros tecidos e causa metástase. Esse câncer é encontrado frequentemente nas partes do corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto e pescoço. O nariz é a localização mais frequente (70% dos casos), mas também pode ocorrer na orelha, canto interno do olho e outras partes da face. Quando o tumor é retirado precocemente, as chances de cura são altas.

O carcinoma basocelular pode apresentar apenas uma aparência levemente diferente da pele normal, sendo mais comum no rosto, pescoço e outras partes que ficam muito expostas ao sol. Ele se parece com uma protuberância (nódulo) que:

Carcinoma espinocelular

O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum de câncer de pele, sendo responsável por cerca de 20% dos tumores cutâneos não melanoma. Frequentemente, o carcinoma espinocelular cresce nas áreas mais expostas ao sol, como couro cabeludo e orelha, sendo mais predominante em pacientes a partir da sexta ou sétima década de vida. O carcinoma espinocelular se forma a partir das células epiteliais (ou células escamosas) e do tegumento (todas as camadas da pele e mucosa), ocorrendo em todas as etnias e com maior frequência no sexo masculino. Sua evolução é mais rápida e pode atingir outros órgãos, caso não seja diagnosticado e tratado precocemente, e pode, em alguns casos causar metástases.

As localizações mais comuns para o aparecimento do carcinoma espinocelular são as áreas expostas ao sol, sendo que 70% dos casos ocorrem sobre a cabeça (couro cabeludo e orelha), pescoço e dorso das mãos, e 15% desses tumores acometem os membros superiores. É comum na boca e pode ocorrer também nas membranas mucosas e genitais. Ele apresenta como uma mancha ou caroço (nódulo) que:

Melanoma

O melanoma é tumor maligno originário dos melanócitos (células que produzem pigmento) e ocorre em partes como pele, olhos, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. Um dos tumores mais perigosos, o melanoma tem a capacidade de invadir qualquer órgão, criando metástases, inclusive cérebro e coração. Portanto, é um câncer com grande letalidade. O melanoma cutâneo tem incidência bem inferior aos outros tipos de câncer de pele, mas sua incidência está aumentando no mundo inteiro. Há diversos tipos clínicos de melanoma, como o melanoma nodular, melanoma lentigioso acral, melanoma maligno disseminado e melanoma maligno lentigo.

O melanoma pode ocorrer na pele, olhos, nas orelhas, no trato gastrointestinal, nas membranas mucosas e genitais. As áreas mais comuns são o dorso para os homens e os braços e pernas para as mulheres. Os primeiros sinais e sintomas de melanoma são frequentemente:

O câncer de pele varia muito na aparência. Alguns podem mostrar todas as alterações citadas, enquanto outros podem ter apenas uma ou duas características incomuns. Por isso, como regra geral, qualquer novo sinal na pele ou mudança em uma pinta/mancha que já existia deve servir de alerta para procurar um dermatologista. É importante procurar um médico sempre que notar uma nova lesão, ou quando uma lesão antiga tiver algum tipo de modificação. Existe uma regra didática para os pacientes, chamada ABCD, cujo objetivo é reconhecer um câncer de pele em seu estágio inicial:

Se uma pinta apresentar qualquer característica acima, procure um dermatologista.

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Fatores de risco

Exposição solar

Pessoas que tomaram muito sol ao longo da vida sem proteção adequada têm um risco aumentado para câncer de pele. Isso porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando alterações celulares que podem levar ao câncer. Quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele.

Idade e sexo

O câncer de pele incide preferencialmente na idade adulta, a partir da quinta década de vida, uma vez que quanto mais avançada a idade maior é o tempo de exposição solar daquela pele. Também é um câncer que atinge homens com mais frequência do que mulheres.

Características da pele

Pessoas com a pele, cabelos e olhos claros têm mais chances de sofrer câncer de pele, assim como aquelas que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia quando exposta ao sol também corre mais risco. Aqueles que têm muitos nevos (pintas) espalhados pelo corpo também devem ficar atentos a qualquer mudança, como aparecimento de novas pintas ou alterações na cor e formato daquelas que já existem. Pessoas com pintas ou manchas de tamanhos grandes também devem ficar atentas.

Histórico familiar

O câncer de pele é mais comum em pessoas que têm antecedentes familiares da doença. Nesses casos, principalmente se associado a outros fatores de risco, o cuidado deve ser redobrado e as consultas ao dermatologista mais frequentes.

Histórico pessoal

Pessoas que já tiveram um câncer de pele ou uma lesão pré-cancerosa anteriormente têm mais chances de sofrer com o tumor. Caso a pessoa já tenha sido tratada para um determinado tipo de câncer de pele e ele retorna, o processo é chamado de recidiva.

Imunidade enfraquecida

Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido têm um risco aumentado de câncer de pele. Isso inclui as pessoas que têm a leucemia ou linfoma, pacientes que tomam medicamentos que suprimem o sistema imunológico, ou então aqueles que foram submetidos a transplantes de órgãos.

Diagnóstico de Câncer de pele

O diagnóstico é feito pela avaliação clínica, dermatoscopia e exame anátomo patológico (biópsia) da lesão suspeita.

Tratamento de Câncer de pele

O tratamento mais indicado para o câncer de pele é a cirurgia para retirada do tumor. Em alguns casos específicos podemos optar por outros métodos de tratamento, principalmente em idosos e acamados ou nos casos mais avançados.

Prevenção

Cuidado com a exposição solar

É extremamente importante evitar a exposição solar sem proteção adequada para prevenir o câncer de pele. Para isso, é necessário adotar uma série de hábitos:

Conheça sua pele

Examinar sua pele periodicamente é uma maneira simples e fácil de detectar precocemente o câncer de pele. Com a ajuda de um espelho, o paciente pode enxergar áreas que raramente consegue visualizar. É importante observar se há manchas que coçam, descamam ou sangram e que não conseguem cicatrizar, além de perceber se há pintas que mudaram de tamanho, forma ou cor. O diagnóstico precoce é muito importante, já que a maioria dos casos detectados no início apresenta bons índices de cura.

Vá ao dermatologista

É importante que as pessoas com fatores de risco sejam acompanhadas por um dermatologista. Em casos mais arriscados, a recomendação do médico pode ser a prevenção absoluta contra exposição solar.

Para pacientes que já sofreram como câncer de pele e foram tratados, é ainda mais importante o acompanhamento. Uma vez tratado, o paciente com câncer de pele não deve ser abandonado nunca, é preciso acompanhar o local de onde o câncer foi retirado, principalmente a pele no entorno, e cuidar para que o tumor tenha sido completamente removido e tratado.

Se a pessoa apresentar qualquer pinta ou “verruga” ou “machucado que não cicatriza” na pele deve procurar um dermatologista para diagnóstico e tratamento ideal, pois, como já citado, quando diagnosticado precocemente o câncer de pele tem altas taxas de cura.

Dra. Carolina Reis Carvalho

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