A jovem Jaqueline Moreira de Oliveira, de 19 anos, morreu após ser violentamente atropelada na altura do número 1.300 da Rua Espírito Santo, no bairro Santa Edwirges. O caso aconteceu por volta das 19hs30min desta terça-feira (14). De acordo com testemunhas, ela e uma amiga caminhavam no canto da rua quando Jaqueline foi atingida por trás e arremessada contra a calçada. O motorista de um Vectra prata ou cinza fugiu sem prestar socorro, além de atingir um motociclista logo depois do atropelamento fatal.

Nossa reportagem esteve no local e conversou com a jovem V. S. que é secretária e que pediu para não ser identificada. Era ela quem subia a rua com Jaqueline na hora do atropelamento. Emocionada e assustada, ela contou o que aconteceu:

“Era por volta de umas 7 e meia da noite. Eu havia saído do meu serviço há cerca de 30 minutos. Encontrei com ela uma esquina antes do atropelamento e a gente subiu tranquilamente conversando. Nós estávamos no canto da rua.

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“A gente estava bem no canto da rua, eu aqui e ela do meu lado. Foi quando o carro atingiu ela e a jogou longe”, relatou a testemunha V.S.

Nós não tínhamos visto esse carro subindo em alta velocidade. Foi tudo muito rápido e quando percebi ele já havia jogado ela longe. Quando eu olhei o carro já estava longe. Eu estava bem perto do meio fio e ela do meu lado. Ela foi atingida por trás e jogada em cima do passeio. Tinha mais gente na rua e ninguém conseguiu identificar o carro. Gritaram pra eu não colocar a mão nela, chamaram o resgate. Eu entrei em choque, foi um desespero. Esse condutor não parou pra socorrer e ainda acertou um motociclista logo depois de atropelar a Jaqueline. Foi horrível”, desabafou.

Testemunhas contaram ao Conexão que nas proximidades do Supermercado do Neguinho, há câmeras de circuito interno que poderiam ajudar a identificar o autor do atropelamento.

Sargento Martins da Polícia Militar de Três Pontas.

O Sargento Martins da Polícia Militar deu outras informações sobre o caso: “A Polícia Militar foi acionada através do 190. De imediato o nosso atendente acionou a equipe do SAMU para se deslocar ao local do acidente. Nós também nos deslocamos e quando chegamos o SAMU já havia constatado o óbito da vítima. Diante disso, isolamos o local, preservamos o mesmo até a chegada da perícia e liberação do corpo. Trata-se de um atropelamento feito por um veículo GM Vectra, de cor prata, que transitava em alta velocidade pelo bairro. A vítima foi atingida e não foi prestado o socorro. Estamos fazendo o rastreamento afim de identificar e prender o autor. Sobre o crime, o autor poderá ser enquadrado em homicídio culposo. Porém, com as evidências de que estava em alta velocidade e também por já ter cometido o crime de omissão de socorro, com testemunhas relatando tudo isso, ele pode se enquadrar em crime doloso, com a intenção de matar”, explicou.

Questionado por nossa reportagem sobre a existência de câmeras no local, o Sargento Martins explicou que outra viatura já esteve no local apurando essas informações, mas que tudo indica que as câmeras se encontravam desligadas na hora do atropelamento.

O condutor da motocicleta foi levado para o Pronto Atendimento Municipal. A Polícia Militar espera identificar e prender o autor nas próximas horas.

A Perícia esteve no local. O corpo será levado para o IML em Varginha onde passará por autópsia para identificar as causas da morte e posterior liberação.

Ainda de acordo com testemunhas, o autor já teria sido identificado e que inclusive seria conhecido da Polícia Militar por passagem, supostamente, por homicídio.

Jaqueline Moreira de Oliveira é natural de Três Pontas. Filha de José Aparecido de Oliveira e de Mariani Moreira, era comerciária e trabalhava numa loja que comercializa títulos de capitalização na rua Dona Isabel, no centro de Três Pontas. E será lembrada pelo seu sorriso cativante e pela força de vontade em vencer na vida. “Uma menina estudiosa e que trabalhava para ter um futuro melhor. Amiga de muitos amigos”, comentaram alguns colegas emocionados ao Conexão ainda no local do acidente.

*O Conexão Três Pontas reitera seu compromisso com o jornalismo sério e por isso não publica fotos que possam chocar amigos e familiares. Nós não divulgamos fotos de cadáveres e não fazemos “canibalismo no jornalismo”. Aqui se tem responsabilidade!

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