Plano de Mobilidade Urbana incluirá ciclovias em Três Pontas.

O engenheiro José Romão de Oliveira Filho, secretário de transportes e obras da Prefeitura de Três Pontas conversou com o Conexão Três Pontas sobre as principais alterações que estão sendo feitas no trânsito de Três Pontas, que sofre com o número elevadíssimo de veículos trafegando, poucas vagas de estacionamento, má educação de muitos motoristas, sendo que alguns até davam calote no pagamento da tarifa da zona azul, entre outros problemas, como a conservação das vias públicas.

Muitas trocas de mão de direção, operações tapa buraco e outras intervenções têm sido observadas. Acompanhe a entrevista:

Engenheiro José Romão, da Prefeitura de Três Pontas.

Conexão – Muitas mudanças foram feitas no transito esse ano em Três Pontas, visando justamente a melhoria do fluxo na cidade. Quais resultados que você vê para as mudanças que já foram feitas, a última delas no cruzamento das ruas 21 de abril com a 15 de novembro, perto da Unimed, que agora passou a ser mão única?

Romão – Foi uma solicitação do pessoal da Viação Trespontana, que estava com dificuldades, porque veículos estavam estacionando nos dois lados. Quando subia ônibus ficava tudo paralisado, ai foi solicitado que aquele trecho fosse somente para subir, resolvemos Atender, vendo que realmente as pessoas estavam parando nos dois lados, e quando vinha caminhão ou ônibus não dava para passar. Achamos que ali melhorou.

Conexão – E uma das grandes mudanças que era pedida há pelo menos 20, 30 anos, a colocação de redutores de velocidade na rua 7 de Setembro, cruzamento com a Afonso Pena. Já existe um estudo que depois da colocação daquela passagem elevada o número de acidentes caiu?

Romão – Já vimos se que o índice de acidentes diminuiu, além do pare, da placa, temos também a faixa de pedestre. Para passar ali só se não enxergar realmente o obstáculo.

Conexão – Pode se dizer que de uma forma geral as mudanças surtiram efeito?

Romão – Surtiram efeito em todas essas mudanças, como a “Rua dos Bambus”, os caminhões que vem de supermercados, todos que vêm aqui de cima já saem direto na Avenida Osvaldo Cruz. Estamos fazendo teste, e os que estão dando certo Roger, estamos mantendo. E o que tiver de mudar a gente retorna. Na fonte tivemos que interditar a mão em frente o Magazine Luiza, mas voltamos ao normal. Estamos estudando e neste ano vai ser melhor, teremos o plano de mobilidade urbana, será estudada toda a cidade para implantação de ciclovias para tirar o fluxo de carros e caminhões do centro, e fazer com que o povo ande mais de ônibus, bicicletas, etc.

Apesar da sinalização bem visível, muitos motoristas por desatenção ainda trafegam na contramão entre as ruas 21 de Abril e 15 de Novembro.

Conexão – Quer dizer que neste ano será feito um estudo de todo o trânsito, um plano de mobilidade urbana completa?

Romão – Sim, temos até somente este ano para fazer o Plano de Mobilidade Urbana. Já estamos pegando orçamentos com as firmas especializadas em trânsito para fazer esse projeto. Pegamos dois orçamentos com firmas de Belo Horizonte, estamos aguardando chegar recursos para fazermos a licitação para o Plano de Mobilidade Urbana.

Conexão – Isso é uma exigência do Governo do Estado ou Federal?

Romão – É exigência Federal, Ministério das Cidades, a partir deste ano, porque os municípios que não tiverem, não receberão recursos para a parte de trânsito.

Conexão – Isso obrigatoriamente incluirá ciclovias na cidade?

Romão – O estudo de mobilidade, primeiro pede que você faça com que o pedestre ande a pé, depois bicicletas, ônibus e ciclovias, uma das partes que podemos pensar em fazer por perto do ribeirão. Fazer um estudo para ver aonde pode melhorar, pois hoje tem um fluxo muito grande de ciclistas na cidade.

Conexão – Nessa mobilidade urbana, pode ser, que se o estudo mostrar isso, que o trânsito binário na rua Nossa Senhora D’Ajuda, mão apenas para quem está descendo, volte a ser mão dupla?

Romão – Se no estudo comprovar que isso será uma melhora pode voltar sim.

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