Vítimas são duas mulheres, uma com idade entre 20 e 59 anos e a outra acima dos 80 anos. Ambas com comorbidades: doença cardiovascular crônica e pneumopatia crônica.

A Prefeitura Municipal de Três Pontas divulgou em sua página oficial o Boletim Epidemiológico desta quarta-feira (26) trazendo a confirmação de vários novos casos de coronavírus no município. O total de óbitos subiu para 171, com mais duas mortes. Há nove pessoas internadas na Santa Casa com a doença e outras 5 hospitalizações com suspeita. Recuperados disparou!  

Inegavelmente os números em Três Pontas, assim como em todo Brasil, estavam melhorando por conta do avanço da vacinação, mas também pelos cuidados adotados pelas autoridades de saúde e cumpridos por grande parte da sociedade. Mas, infelizmente a variante ômicron vem se alastrando de forma assustadora, principalmente após as festas de final de ano. E os casos seguem ‘explodindo’.

Última morte por covid-19 em Três Pontas, no ano de 2021 havia sido registrada no dia 13 de setembro. Depois de 123 dias o município voltou a registrar um óbito por complicações decorrentes do coronavírus no dia 13 de janeiro, a primeira de 2022. Ontem, 25 de janeiro, mais um óbito infelizmente foi registrado pela SMS. Hoje, 26 de janeiro, mais duas vidas foram perdidas.

Ao todo, desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus em Três Pontas, onde esse primeiro caso (uma mulher com comorbidades) chegou a óbito no dia 17 de abril de 2020, a cidade já contabiliza 8.910 pessoas contaminadas pela covid-19. Desse total, 8.030 já se recuperaram e, infelizmente, 171 vítimas acabaram perdendo suas vidas. Isso significa que, hoje, em Três Pontas, de acordo com o Boletim da Prefeitura Municipal, 709 pessoas estão com o vírus.

Números de Hoje

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Deve ser levado em consideração o fato de outras pessoas, possivelmente, estarem com coronavírus de forma assintomática (sem sintomas) e fora das estatísticas da Prefeitura Municipal.

O número de pessoas com síndrome gripal hoje é de 34.518 (não foi atualizado).

Cinco pessoas estão internadas com suspeita de covid-19 na Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis. Nove pessoas (confirmadas) encontram-se hospitalizadas; 700 pessoas se encontram em isolamento.

O Conexão Três Pontas fez um estudo que mostra que desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus na cidade até hoje se passaram 650 dias. Isso dá uma média de 13,70 novos casos a cada 24 horas.

A primeira morte atribuída ao coronavírus ocorreu em Três Pontas no dia 17 de abril de 2020, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Conforme a Vigilância Epidemiológica o primeiro caso confirmado de covid-19 no município acabou, lamentavelmente, evoluindo para óbito.

“De todos os óbitos por coronavírus em Três Pontas mais da metade tinha Diabetes ou Doença Cardiovascular Crônica!”

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ÓBITOS

POR SEXO:

_ 94 Homens

_ 77 Mulheres

 

POR IDADE:

_ 10 a 19 anos – 01

_ 20 a 59 anos – 57

_ 60 a 79 anos – 78

_ 80 anos ou mais – 35

 

COMORBIDADES (DOENÇAS PRÉ-EXISTENTES)

_ Diabetes – 53

_ Hipertensão – 42

_ Hipertireoidismo – 01

_ Doença Cardiovascular Crônica – 64

_ Doença Renal Crônica – 09

_ Epilepsia – 01

_ Obesidade – 08

_ Imunodeficiência / Imunodepressão – 03

_ Doença Neurológica Crônica – 08

_ Câncer – 01

_ Síndrome de Down – 02

_ Doença Hepática Crônica – 03

_ Autismo – 01

_ Outra Pneumopatia Crônica – 05

_ Hipotireoidismo – 01

_ Asma – 04

_ Sequela de AVC – 01

_ Lupus – 01

_ Varizes Esofagianas – 01

_ Alzheimer – 02

_ Mialgia – 01

_ Fibromialgia – 01

 

TEMPO DE INTERNAÇÃO:

_ 0 a 7 dias – 77

_ 8 a 15 dias – 54

_ 16 a 21 dias – 13

_ 22 ou mais – 15

Obs.: 12 pacientes faleceram em outro município. A SMS não tem o tempo das internações.

Diabetes e o Coronavírus

Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os organismos de saúde de todo o mundo apontam uma relação de gravidade maior nos casos de infecção em pessoas com diabetes e outras condições pré-existentes, como as cardiovasculares.

Pessoas com diabetes não têm maior probabilidade de contrair Covid-19 do que a população em geral. O problema que elas enfrentam é, principalmente, a gravidade da doença. Esses pacientes têm apresentado taxas muito mais altas de complicações graves e morte do que as pessoas sem diabetes. Além disso, quanto mais condições pré-existentes de saúde alguém tem, a exemplo de doenças cardíacas, maior a chance de complicações graves.

Se a diabetes for bem gerenciada, o risco de ficar gravemente doente com o Covid-19 é quase o mesmo que a população em geral. Já quando o problema não é bem controlado e os indivíduos experimentam açúcar no sangue flutuante, correm o risco de sofrer uma série de complicações relacionadas porque a capacidade do corpo de combater uma infecção no diabético está comprometida.

As infecções virais podem aumentar a inflamação ou inchaço interno em pessoas com diabetes. Isso também é causado por açúcar no sangue acima da meta e ambos podem contribuir para complicações mais graves. Quando doentes com uma infecção viral, esses pacientes enfrentam um risco aumentado de cetoacidose diabética (CAD), que pode tornar difícil gerenciar a ingestão de líquidos e diminuir os níveis de eletrólitos, fundamentais no gerenciamento da sepse (infecções).

Os pacientes diabéticos devem ficar mais atentos quanto aos sintomas, que são os mesmos da população em geral, porque podem evoluir de forma mais grave. Se sentirem febre, cansaço com atividades corriqueiras, queda da oxigenação e elevação da pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória, devem procurar imediatamente a Emergência de um hospital ou o seu médico para uma avaliação.

Doença Cardiovascular Crônica e o Coronavírus

O novo coronavírus pode se manifestar de diferentes formas dependendo da pessoa. Desde os primeiros registros da doença causada por ele alguns grupos de risco já foram identificados, como os cardiopatas. Mas afinal, qual a relação entre a Covid-19 e doenças cardiovasculares?

Em primeiro lugar é preciso compreender que quando se fala em grupo de risco não estamos nos referindo às pessoas com maior probabilidade de contrair o vírus, que é igual para todos que tenham contato com uma pessoa infectada. Os grupos de risco da Covid-19 são as pessoas com maior probabilidade de manifestar sintomas graves da doença, podendo levar a óbito.

O American College of Cardiology divulgou um boletim sobre os pacientes hospitalizados com a doença: 50% deles possuíam doenças crônicas, sendo que 40% tinham doença cardiovascular ou cerebrovascular. Entre os casos fatais, 86% tinham problemas respiratórios e, destes, 33% tinham acometimentos cardíacos associados, enquanto 7% tinham acometimento cardíaco isolado.

As pessoas que já possuem algum tipo de doença cardíaca podem ter alterações no seu sistema imunológico, além de um estado inflamatório crônico latente, o que pode agravar a manifestação da doença. Vale ressaltar que este não é um fator de risco isolado para a Covid-19, mas também para outras doenças respiratórias causadas por vírus. Em pandemias causadas por estes microrganismos a mortalidade por doenças cardiovasculares ultrapassou todas as causas.

O risco é ainda maior para pacientes com doenças crônicas, hipertensão, diabetes e alguma doença cardíaca como infarto. Também apresentam mais perigo as pessoas que passaram por alguma cirurgia cardiovascular ou que tenham insuficiência cardíaca.

Além disso, em outros episódios de epidemias respiratórias, como no caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), as doenças causaram miocardite e insuficiência cardíaca de rápida progressão. Isso significa que o novo coronavírus, por ter características semelhantes, também possa infectar o coração isoladamente.

Além de manter um estilo de vida saudável para evitar doenças cardiovasculares, é importante agir preventivamente quanto à saúde do seu coração. Cardiopatas e pessoas com histórico de doença cardiovascular na família devem estar em dia com as consultas médicas e a realização de exames, inclusive de diagnóstico de imagem.

A recomendação de medidas de isolamento, distanciamento, higiene e uso de máscara permanecem para todas as pessoas. Porém, o cuidado deve ser ainda maior com aquelas que se enquadrem em um grupo de risco, como os pacientes cardíacos. Cuide-se. Com responsabilidade e prevenção podemos nos proteger da Covid-19.

A NOVA VARIANTE ÔMICRON

Ômicron é a variante do coronavírus que apresenta mais mutações, por isso colocou o mundo em alerta. Ela possui cerca de 50 mutações em comparação com o vírus original, das quais 26 são exclusivas dele.

Desde que foi detectada em 24 de novembro na África do Sul, os cientistas começaram uma corrida contra o tempo para descobrir se a ômicron (originalmente conhecida como B.1.1.529) é mais contagiosa, mais letal ou capaz de “driblar” o efeito das vacinas.

Algumas evidências preliminares sugerem que a ômicron pode facilitar a reinfecção. Ela tem uma velocidade de contaminação muito maior que as anteriores, porém com sintomas mais brandos, na grande maioria dos casos.

 

 

 

 

 

 

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Roger Campos

Jornalista

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