EM OUTRAS DUAS, A FESTA DO MOMO SERÁ BEM REDUZIDA, SEM GASTOS PELAS PREFEITURAS.
A região que é conhecida por grandes eventos, como o bloco do Urso de Santa Rita do Sapucaí e o Bloco Vermes & Cia de Muzambinho, também ganhou fama nos últimos anos com a realização de eventos aberto ao público. Com blocos nas ruas, bandas e atrações contratadas pelas prefeituras, as cidades começaram a atrair um público diversificado.
Mas mesmo diante da importância econômica do evento, em 2018 algumas cidades decidiram suspender a festa ou alterar o apoio dado nos últimos anos.
Gonçalves
Uma das primeiras cidades do Sul de Minas a anunciar o cancelamento definitivo do carnaval foi Gonçalves. Logo nos primeiros dias de janeiro, um comunicado postado nas redes sociais informou sobre a decisão do prefeito Luiz Rosa da Silva.
Outras cidades que também anunciaram o cancelamento por falta de recursos, principalmente por atrasos no repasse do governo, foram Maria da Fé e São Sebastião do Paraíso. A alegação é igual em todas as cidades: dificuldades financeiras e falta de repasses do governo do Estado.
Elói Mendes
Após anos de carnaval, entre shows na praça do Centro da cidade e mudança das festividades para a Praça de Eventos, a prefeitura de Elói Mendes decidiu cancelar a festa. Em 2018, a cidade não terá nenhuma atração. Até o ano passado, eram cinco dias de festa, além de pré-carnaval com som e três ambientes. Este ano, a decisão do prefeito Silvério Rodrigues Félix foi de investir o dinheiro em outro setor.
O gasto anual com a festa popular variava entre R$ 150 mil a R$ 200 mil.
Delfinópolis
Há dois anos a cidade deixou de anunciar o evento na cidade e usa o dinheiro para educação, saúde e estradas. Na cidade, em 2017, o risco de transmissão da febre amarela também preocupou a prefeitura, já que a cidade tinha registrado três mortes e um paciente recuperado da doença.
Carnaval particular
Algumas prefeituras decidiram tirar o investimento mais alto para o carnaval, mas continua o apoio a blocos e atrações particulares nas ruas da cidade. Esta é a situação de Pouso Alegre. Na cidade, os blocos irão desfilar pelas ruas durante quatro dias, mas sem subvenção da prefeitura.
A administração optou por apoiar apenas com estrutura básica, como instalação de banheiros químicos e organização do trânsito. Também foi realizada uma reunião entre a prefeitura e os blocos para traçar o roteiro.
Em Passos, a situação é a mesma. A prefeitura deve apoiar os blocos particulares com a parte de estrutura e logística, o que reduziu os gastos e manteve a festa.
Cancelamento após recomendação do MP
Três Pontas estava pronta para realizar o seu carnaval. Mas nesta semana, uma recomendação do Ministério Público fez a prefeitura da cidade cancelar a festa. A principal razão para o posicionamento do Ministério Público, segundo um comunicado divulgado no site oficial do MPMG, são as demandas da população por melhorias em outros setores, como educação e saúde. Segundo o MP, faltam medicamentos na farmácia municipal e a Santa Casa de Misericórdia está em crise.
Santana da Vargem recebeu a mesma recomendação e seguiu o mesmo exemplo, cancelando a festa profana.
Cássia
Na contramão, Cássia, que também cancelou o evento em 2017 pelo risco de infestação da febre amarela. este ano, a festa volta a acontecer na cidade, mas com recursos mais modestos, voltados aos bloco de rua.
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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