Apesar dos abusos de parte da população (aglomerações) a tendência é de desaceleração do número de casos a exemplo do que ocorre no Sul de Minas. Cidade começou a semana passada confirmando 65 pessoas com o coronavírus. Na última sexta-feira o número caiu para 47. E hoje registra 58.

A Prefeitura Municipal de Três Pontas divulgou em sua página oficial o Boletim Epidemiológico desta segunda-feira (09) trazendo não apenas o aumento no número de contaminados e a manutenção do número de curados. O número de óbitos permanece em 14.

Ao todo, desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus em Três Pontas, que ocorreu no dia 17 de abril, a cidade já contabiliza 783 pessoas contaminadas pela covid-19. Desse total, 711 já se recuperaram e, infelizmente, 14 vítimas acabaram perdendo suas vidas. Isso significa que, hoje (09 de novembro) em Três Pontas, de acordo com o Boletim da Prefeitura Municipal, 58 pessoas estão com o vírus.

*No boletim do dia 22 de outubro foi registrado o maior índice de contaminação num período de 24 horas, desde que a Secretaria Municipal de Saúde iniciou as divulgações via Boletim Epidemiológico na página oficial da Prefeitura. Foram 22 novos casos num único dia.

Sexta-Feira, 06 de Novembro

Segunda-Feira, 09 de Novembro

Deve ser levado em consideração o fato de muitas pessoas, possivelmente, estarem com coronavírus de forma assintomática (sem sintomas) e fora das estatísticas da Prefeitura Municipal.

O número de pessoas com síndrome gripal é de 4.962.

Uma pessoa seguem internada com covid-19 na Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis. Outras duas estão com suspeita da doença na unidade de saúde. Há 57 pessoas em isolamento.

O Conexão Três Pontas fez um estudo que mostra que desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus na cidade até hoje se passaram 207 dias. Isso dá uma média de 3,78 novos casos a cada 24 horas.

14 mortes (os dois casos mais recentes)

O Conexão Três Pontas apurou junto ao setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Três Pontas, na manhã da segunda-feira (19) que o décimo terceiro óbito causado pelo coronavírus – divulgado inicialmente pela Prefeitura Municipal (fonte oficial) em seu site oficial (https://www.trespontas.mg.gov.br/coronavirus?fbclid=IwAR2Db56M3leOEgh2HQTRd6RsnDGmp6jyJ5zdWmjZbnJdeOb_0O_Fau10kT8) – tem como vítima uma mulher de 84 anos. Não foi informado se a vítima tinha comorbidades. Já a décima quarta morte é de um homem de 67 anos. Como comorbidades ele apresentava obesidade, insuficiência renal crônica e imunodeficiência/imunodepressão.

“Dos 14 óbitos por coronavírus em Três Pontas 9 tinham Diabetes!”

Diabetes e o Coronavírus

Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os organismos de saúde de todo o mundo apontam uma relação de gravidade maior nos casos de infecção em pessoas com diabetes e outras condições pré-existentes, como as cardiovasculares.

Pessoas com diabetes não têm maior probabilidade de contrair Covid-19 do que a população em geral. O problema que elas enfrentam é, principalmente, a gravidade da doença. Esses pacientes têm apresentado taxas muito mais altas de complicações graves e morte do que as pessoas sem diabetes. Além disso, quanto mais condições pré-existentes de saúde alguém tem, a exemplo de doenças cardíacas, maior a chance de complicações graves.

Se a diabetes for bem gerenciada, o risco de ficar gravemente doente com o Covid-19 é quase o mesmo que a população em geral. Já quando o problema não é bem controlado e os indivíduos experimentam açúcar no sangue flutuante, correm o risco de sofrer uma série de complicações relacionadas porque a capacidade do corpo de combater uma infecção no diabético está comprometida.

As infecções virais podem aumentar a inflamação ou inchaço interno em pessoas com diabetes. Isso também é causado por açúcar no sangue acima da meta e ambos podem contribuir para complicações mais graves. Quando doentes com uma infecção viral, esses pacientes enfrentam um risco aumentado de cetoacidose diabética (CAD), que pode tornar difícil gerenciar a ingestão de líquidos e diminuir os níveis de eletrólitos, fundamentais no gerenciamento da sepse (infecções).

Os pacientes diabéticos devem ficar mais atentos quanto aos sintomas, que são os mesmos da população em geral, porque podem evoluir de forma mais grave. Se sentirem febre, cansaço com atividades corriqueiras, queda da oxigenação e elevação da pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória, devem procurar imediatamente a Emergência de um hospital ou o seu médico para uma avaliação.

Medidas de Segurança

As medidas de segurança (uso de álcool em gel, uso de máscara e o distanciamento social) precisam continuar sendo respeitadas para que se consiga achatar a curva de contaminação. Outra grande preocupação das autoridades de saúde, além do número de confirmados com covid-19, é o número de pessoas com complicações que venham a precisar de internação no Hospital local, já que o número de leitos disponíveis segue restrito.

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Roger Campos

Jornalista

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