“FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ PRODUZIRÁ 6 MILHÕES DE DOSES POR SEMANA A PARTIR DE ABRIL. SERÃO 24 MILHÕES POR MÊS. 100 MILHÕES DE BRASILEIROS VACINADOS ATÉ JUNHO.”
Durante entrega de 500 mil doses do primeiro lote de vacinas contra a covid-19 produzidas pela Fiocruz em território nacional com insumos importados, nesta quarta-feira (17), o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o Brasil vai imunizar metade da sua população até julho e a outra metade até o fim do ano, controlando assim a pandemia. E hoje (19) a Fiocruz entregou mais 580 mil doses, totalizando 1.080.000 doses do primeiro lote.
“Vamos controlar essa pandemia ainda no segundo semestre. Essa é a nossa missão e, para isso, precisamos das vacinas”, pontuou ele ao mencionar a contratação de imunizantes de sete laboratórios diferentes.
A cerimônia de entrega contou também com a presença do cardiologista Marcelo Queiroga, nome escolhido por Bolsonaro para assumir a pasta, já empossado no lugar de Pazuello.
As doses foram entregues ao PNI (Programa Nacional de Imunizações). Com o registro definitivo concedido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Fiocruz tornou-se a detentora do primeiro registro de uma vacina contra covid-19 produzida no Brasil.
Pazuello disse que o lote inicial ainda é pequeno em relação ao tamanho do projeto desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceira com a Fiocruz. “Estávamos apenas com uma produção nacional, no Butantan, e estamos iniciando agora na Fiocruz para que chegue até o final de março com 3,8 milhões de doses e, a partir de 1º de abril, uma produção diária de até 1 milhão de doses”, disse o ex-ministro, que lamentou o atraso na distribuição devido à chegada do insumo internacional.
O ex-ministro enfatizou ainda as medidas sanitárias para a proteção contra a covid-19. “O coronavírus veio para ficar e nós vamos controlar a pandemia com vacinação e novos hábitos, de usar máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento social”, completou Pazuello.
Queiroga classificou a produção dos imunizantes em solo brasileiro como o “início do maior programa de imunização contra a covid-19”. Ele avalia que os secretários de saúde de cada um dos municípios brasileiros são o “exército” para combater a pandemia. “Nossa tropa de choque está muito unida para, através de diálogo e da ciência, encontrar as soluções que o Brasil precisa”, destacou.
“Não é um dia de celebração, mas é um marco de um processo para que o Brasil atravesse toda essa grave crise sanitária, econômica, social e humanitária com a menor perda de vidas”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
Nísia agradeceu o trabalho em conjunto com o Ministério da Saúde e enalteceu o trabalho de todos profissionais do instituto. “Estamos escalonado essa produção para entregar, a partir de abril a vacina totalmente nacionalizada”, afirmou.
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, integra o plano nacional de vacinação e está sendo aplicada por meio de uso emergencial desde janeiro a grupos prioritários. O imunizante é fabricado em Bio-Manguinhos com IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) que chegou ao Brasil a partir do dia 6 de fevereiro.
A expectativa da Fiocruz é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de 1 milhão de doses do imunizante contra a covid-19 por dia. Nesta semana, o Ministério da Saúde também distribui mais 4,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Butantan.
Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a partir de abril, serão produzidas mais de 24 milhões de doses mensalmente.
“Uma pandemia só pode ser superada com o esforço conjunto do governo e da sociedade civil. A ciência, a tecnologia e a inovação, que são os pilares da nossa instituição ao lado do papel do Sistema Único de Saúde (SUS) para quem destinamos a entrega de vacinas, é que neste momento podem contribuir para o principal objetivo das vacinas nesta pandemia, que é salvar vidas.”
Fonte R7 / Ministério da Saúde / Fiocruz / Exame
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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