De acordo com análise do Imperial College de Londres, a taxa atual é menos do que a metade registrada há três semanas
O Brasil tem registrado uma sucessiva diminuição na taxa de contágio (Rt) da covid-19 nas últimas semanas. Em nova análise do Imperial College de Londres, pesquisadores inferiram que, atualmente, cada grupo de 100 pessoas infectadas com o vírus transmite a doença para outras 105. O índice, no entanto, ainda é considerado alto e faz com que a epidemia se espalhe em velocidade progressiva no país.
Em pouco mais de um mês, a Rt brasileira caiu de 2,8 (ou seja, um doente passando o vírus para quase três pessoas) para 1,05. Taxas acima de 1 indicam que a transmissão ainda está fora de controle. Por isso, o Brasil está há oito semanas no rol de países cuja epidemia não consegue ser barrada com eficácia.
No grupo de 51 países com transmissão ativa acompanhados pelo Imperial College, o Brasil, que já ocupou a posição de maior taxa de transmissão no fim de abril, agora está na 27ª posição. Na América Latina, epicentro da doença no mundo, a Bolívia e o Peru estão com Rt de 1,36. Na frente do Brasil também se encontram a Argentina (1,29), Chile (1,12) e Colômbia (1,1).
A diminuição da taxa deve impactar no número total de óbitos ao final desta semana epidemiológica, já que os estudos não indicam que o acumulado deve continuar subindo. Até dia 20 de junho, o grupo estima que serão contabilizadas mais 7.090 mortes. O recorde foi de 7.096 na semana epidemiológica 23.
Nem por isso a situação é confortável para o Brasil que, atualmente, é o país com maior número de casos e fatalidades registrados diariamente. Desta forma, a previsão é também a maior entre os 51 países com transmissão ativa acompanhados pelo grupo. A segunda estimativa mais alta é quase a metade da brasileira. São esperados 3,6 mil mortos no México.
Fonte Correio Braziliense
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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