O brasileiro é o povo mais “gambiarreiro” do planeta. Sempre tenta dar aquele tal “jeitinho” nas suas ações por economia de tempo ou de dinheiro, as famosas “economias porcas”. É assim em tudo! Em todos os cenários, todas as conjunturas.
 
Atualmente o que mais vemos diante da pandemia da China comunista é um “chororô” por parte dos governadores brasileiros diante da falta de leitos nos hospitais e a situação colapsando.
 
É um exemplo claro de como aqui deixam tudo pra última hora. Por que não fizeram antes? Quantos governadores passaram, por exemplo, nos últimos 50 anos, por São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas? Quantos destes construíram hospitais? Passam o mandato inteiro entulhando assessores em seus governos, fazendo o mínimo do mínimo para o povo, criando obras faraônicas, verdadeiros elefantes brancos que os ajudam a se perpetuar no poder, ao invés de investirem em questões fundamentais como a Saúde e a Educação. Passam 48 meses conchavando, criando caso, enriquecendo, garantindo uma vida tranquila e abastada para os seus, por várias gerações. Enquanto isso, o povo segue morrendo nas filas, nos corredores, nas macas, sem atendimento, sem hospital, sem médico, sem Saúde, sem dignidade.
 
Mas agora, em tempos de pandemia, inflamam as gargantas berrantes afirmando que faltam vagas, que estão morrendo aos montes. Insisto, por que não fizeram antes? A resposta é que eles não estão preocupados com o Covid-19. Estão na verdade usando uma máscara (que não é a de proteção contra o Coronavírus) para esconder o sorriso amarelo, falso que evidenciaria os verdadeiros interesses: as próximas eleições.
 
Não fizeram nada ou quase nada até aqui e agora querem posar de “lutadores da vida da última semana”? “Estamos aqui, lutando pelas vidas de cada brasileiro, de cada cearense, cada paulista, cada carioca, cada amazonense…”. Conversa fiada, conversa pra “boi dormir”! Este sim é o verdadeiro “E daí?” pra Saúde e pra vida humana.
 
Além desses gestores estaduais, temos também que levantar um outro questionamento em nível federal:
 
Por que Deodoro da Fonseca não construiu mais hospitais?
Por que Floriano Peixoto não construiu mais hospitais?
Por que Prudente de Morais não construiu mais hospitais?
Mais a frente…
Por que Getúlio Vargas não construiu mais hospitais?
Por que Juscelino Kubitschek não construiu mais hospitais?
Por que João Goulart não construiu mais hospitais?
Mais a frente…
Por que José Sarney não construiu mais hospitais?
Por que Collor não construiu mais hospitais?
Por que Itamar Franco não construiu mais hospitais?
Por que Fernando Henrique Cardoso não construiu mais hospitais?
Por que Lula não construiu mais hospitais?
Por que Dilma não construiu mais hospitais?
Esperamos que Bolsonaro faça mais hospitais!
 
No nosso país, é mais legal, rende mais voto construir estádios de futebol do que hospitais. É mais vantajoso (para os políticos) construir mais presídios do que escolas.
 
Cadê os nossos hospitais senhores de colarinho branco, gravata, caneta na mão e foro privilegiado? Aliás, não só o foro é privilegiado, mas o tratamento que recebem quando precisam recorrer à Saúde. Claro que nem passam perto do SUS, vão direto ao Sírio Libanês, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento, CopaDor, Hospital TotalCor, entre outros.
 
O Brasil segue sendo um país de pés descalços, de desdentados, de famintos e de desassistidos. Pobre não tem direito à Saúde, embora seja assegurado isto a todo brasileiro pela Constituição. O brasileiro de marca de sol nos braços e na nuca, da marmita debaixo do braço e de muitos sonhos e necessidades, muitas vezes nem água encanada tem. O trabalhador comum, aquele que luta, se desdobra e faz milagre para sustentar os seus com um salário mínimo apenas (verdadeiros heróis), não tem voz, não tem vez. Por isso a imprensa deve berrar aos quatro ventos: cadê os nossos hospitais?

Mas aí muitos emudecem, dão de ombros e sussurram: E daí? Não é nossa culpa!
 
Cadê, senhores estadistas, os nossos centros de saúde? Os nossos postos nos bairros periféricos? Os nossos médicos e enfermeiros? A valorização de cada um desses guerreiros? Em qual mala ou cueca vocês esconderam?
 
O Brasil tem cerca de 220 milhões de brasileiros. O número de hospitais, conjuntamente ao número de leitos hospitalares, são indicadores importantes para determinar os recursos de saúde disponíveis para a população e, consequentemente, a capacidade de atendimento em alta e média complexidades de um país ou de uma região. Segundo a Federação Brasileira de Hospitais e a Confederação Nacional de Saúde, os últimos números mostram que no país há muito menos hospitais públicos que o necessário, para atender a população, principalmente a mais carente, com qualidade e dignidade. O mesmo ocorre com leitos, principalmente de UTI.
 
Em janeiro de 2019, havia 4.267 hospitais privados no Brasil, a maioria localizada na região Sudeste (41,4%), especialmente em São Paulo e Minas Gerais. Do total de hospitais privados, a maior parte tem fins lucrativos (56,9%).
 
O que muito me assusta é que entre os anos de 2010 e 2019, apesar de terem sido abertos 1.567 hospitais privados no Brasil, houve o fechamento de um total de 2.127 hospitais privados. Isso representa um cancelamento de 92.645 os leitos privados.
 
Mas, E DAÍ? Eles não ligam pra isso de verdade! Toda ação, cada passo político, cada movimento é friamente calculado. Se cria o pânico na sociedade. E eles reinam! Se render votos, ok! Senão for vantajoso, vão enrolando, jogando pra frente.
 
O cenário é indecente e imoral. Hospitais de campanha, feitos nas coxas, com valores superfaturados e tudo com atraso, somente depois do leite derramado e dos corpos sepultados, com caixão lacrado, sem a menor dignidade, começaram a fazer o mínimo do mínimo. Agora berram os imorais: “Cadê os hospitais? Cadê os leitos? Estamos colapsando! Precisamos do Governo Federal…”. Toda reivindicação pró Saúde e pró Educação é sempre válida. Mas por que não construíram antes?
 
Cadê os nossos hospitais?

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Roger Campos

Jornalista

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