Três Pontas acordou hoje em chamas, literalmente. A Educação saltou da cama sendo consumida pelas labaredas da ignorância. A Escola Estadual Deputado Teodósio Bandeira amanheceu sombria, onde parte da sua rica história e sonhos viraram fumaça.

Quatro delinquentes juvenis, quatro vândalos mirins, quatro vagabundinhos, quatro ex-alunos que chamuscaram o saber em detrimento da burrice nua, crua e completa, tocaram fogo na escola. “Ah, mas era só por aventura!”, disseram eles. Não tinham emprego, não tinham ocupação, não tinham caráter, não tinham índole boa, não tinham responsabilidade e vergonha na cara. Por isso brincaram de espalhar álcool, riscar fósforo e “buuummmm”, viram as paredes azuis se tornarem alaranjadas de fogo e aos poucos virarem cinzas. Tudo cinza. Arquivos, materiais, passado, presente e futuro.

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Qual a razão desse ato de vandalismo sem precedentes? Uns dizem que a culpa poderia ser de famílias desestruturadas; outros que é do governo que não investe em educação e geração e emprego; há quem afirme que a culpa é da sociedade como um todo, pois cada vez mais se aproxima da irracionalidade  e se afasta da lógica, da razão. Não, eles não têm razão, explicação que convença.

As ruas ensinam muita coisa errada, as malditas companhias convidam para o erro, a perdição. Enquanto isso, muitos pais de filhos criminosos, labutam diariamente, de sol a sol, para colocar comida, educação e amor em seus lares. Mas isso não os convence, não tem graça, não provoca um certo “barato”. O legal pra essas gentinhas é ser esperto, ser o bonzão no meio da galera, burlar, roubar, destruir, sacanear. Até fazer parte da tal cultura do estupro tá valendo. 33!!! Cabeças que usam ridículos bonés de aba reta, mas que por dentro estão vazias, sem educação, intelecto, cultura, discernimento. Corações vazios que muitas vezes convivem com correntes grossas no peito, símbolos grandes, mas amor escaço, bondade pequena, nula de fato. Ouvidos que cultuam o lixo do funk ostentação, que estimula o capitalismo e o querer ter tudo sem que se corra atrás, trabalhando.

O problema no Brasil é que as leis aprovadas há “séculos” por nossos políticos perderam a validade, precisam de reforma, mudança geral e urgente. Diante do circo das leis, juízes e promotores são obrigados a cumprir. E assim soltam, liberam, devolvem pras ruas essas “crianças”, cheias de pelos no púbis e de muitas más intenções. O que adianta a polícia prender? Dia seguinte, horas depois até, estão debochando da nossa cara. Um tapa na cara da sociedade.

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Redução da maioridade penal já! E para 14 anos. Reforma, ampliação e construção de presídios e um novo sistema de reinserção dos presos à sociedade e não apenas como um mísero depósito de gente e escola de crime.

O que fizeram com o Estadual hoje não tem explicação, não se pode mensurar. Chega a ser pateticamente monstruoso. Adolescentes bandidos protegidos pelo sistema e por esse tal Direitos Humanos que só abraça gente ruim, pau torto, alunos ingressantes da faculdade do crime.

A Educação foi severamente atingida e hoje agoniza em praça pública. O Estadual, 64 anos de história magistralmente contada em linhas de muito saber e amor pelo conhecimento, chora. Soluça calado, pedindo que cada um de nós, alunos, ex-alunos, professores, pais e mães de alunos, nos demos as mãos num abraço coletivo em socorro, em protesto, em amor…

É triste ver governantes desviarem dinheiro da merenda escolar. É revoltante ver professores ganharem uma miséria, apesar de serem nossos verdadeiros heróis e não os jogadores de futebol. Mas é ainda pior ver ex-alunos se inflamarem de ódio e incendiarem parte de uma história tão linda e magnífica. Até quando?

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Um país sério, que quer ser levado à sério, precisa começar de novo, fazer um “recall”, aprender novamente o que é ética, direito, dever, respeito, cidadania, para poder exigir uma nova postura de seu povo, rever a legislação, aprender que as criança e os adolescente precisão de limites, e esses têm que ser na medida certa, pois freios servem para nos manter seguros, e isso é o começo, o primeiro passo para que eles aprendam que, desde que cumpram os seus deveres, cada um tem o direito de ter direitos.

Exigimos e precisamos urgente de punição exemplar. Nós também temos culpa enquanto sociedade. Vamos defender a moralidade, a ética, a família, o conhecimento, o que realmente vem de Deus.

Pois diante de tanta coisa ruim que estamos vendo em nosso meio, nossa cidade, só nos resta a piedade divina…

#somostodosestadual

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