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“Não adianta governar apenas com os punhos. Mas sim com o Coração”.
O Conexão Três Pontas, primando por sua independência e ética, isenção total nas diversas áreas, como na política, já ouviu diversas correntes e candidatos, ou possíveis candidatos para o próximo pleito. Mas faltava um candidato que preferiu esperar o momento certo, para ele oportuno, para, pela primeira vez desde a sua criação, receber o Conexão em sua casa para uma entrevista livre, franca, aberta, corajosa e que interessa e muito ao eleitor trespontano. Dr. Luiz Roberto Dias, candidato a prefeito de Três Pontas. Assim como foi com nomes como Paulo Luís, Tadeu Mendonça, Maísa Veloso, entre outros. Veja a entrevista reveladora e exclusiva:
Conexão – Você realmente será candidato à prefeito nas próximas eleições?
Luiz Roberto – Isso ai vai depender da convenção, eu sou um pré-candidato. Nós temos aí um grupo de bons candidatos, e vamos tentar ver se a gente consegue sair como candidato.
Conexão – Na sua opinião o que foi fundamental ou o que houve de erro para que sua candidatura passada não vencesse nas urnas o eleito prefeito Paulo Luís?
Luiz Roberto – Não houve erro não, pessoal trabalhou redondinho, estava animado, então não teve problema. O pessoal se dedicou, entendeu e a população naquele momento escolheu o Paulo Luís. Apenas isso.
Conexão – Apesar de carioca, você é trespontano de coração. Como você vê a politica atualmente em Três Pontas? As dificuldades que a cidade e o Brasil atravessam, com essa troca de presidente, enfim tudo isso. Como isso reflete em Três Pontas? E que analise você faz da administração atual?
Luiz Roberto – É muito difícil, cada prefeito vive seu momento, você tem erros e acertos, todo mundo tem, então cada momento é um. Hoje a administração de Três Pontas é essa. Não sei como está vivendo e vamos ver o futuro.
Conexão – Quais são os desafios que o Luiz Roberto enfrentará como candidato e, se vencer nas urnas, como prefeito?
Luiz Roberto – Estamos ainda fazendo projetos, ouvindo todo mundo, acho que o problema maior do Brasil hoje é saúde e emprego. A expectativa da população é saúde e emprego, principalmente você vê no Rio de Janeiro hoje a saúde é um caos, e o desemprego então… Temos mais de 11 milhões de desempregados, e isso também interfere em Três Pontas. Talvez hoje tenha dado uma melhora, porque estamos na colheita de café.
Conexão – Nesse momento as tuas bandeiras de campanha são geração de emprego e fortalecimento da saúde?
Luiz Roberto – Sim! Saúde, emprego e também segurança publica. Temos aí uma guarda municipal que temos que trabalhar juntos com a policia militar e civil, todos sabendo o que está acontecendo. Através da educação você tem que capacitar os jovens e qualificar, essa é a ideia.
Conexão – Além dessas questões de saúde e desemprego, educação também será uma das grandes bandeiras?
Luiz Roberto – O maior problema de insegurança publica é devido a educação. Então quando você não investe em educação, você piora a segurança publica.
Conexão – Em relação a sua candidatura, a duvida da população hoje é de quem será seu vice. O Conexão já divulgou alguns nomes, como o vereador Popó, Maísa, e o Dr. Luciano Diniz. Quero que você fale desses nomes especificamente, e na mesma pergunta, respondendo a três leitores que me perguntaram se na sua opinião seria interessante uma composição com o Partido dos Trabalhadores, através da Professora Maísa, se os nomes de Francisco Eustáquio, Vereador Paulinho e Professor João Vitor Mendes estão sendo pesquisados para compor essa chapa.
Luiz Roberto – Pessoas importantes e inteligentes, todos eles sem exceção. Sempre coloco que a legenda fica em segundo plano, o importante são as pessoas. Porque Luiz Roberto, existem muitos no Brasil, mas todos são singulares. Mas se você coloca na testa das pessoas as legendas delas, você não sabe o que se passa na sua mente e no seu coração. Então é isso que temos que diferenciar… Quando você perguntou da professora Maísa, pergunto quem é professora Maísa? Ela não carrega uma legenda na testa, ela tem uma consciência, uma cultura, um coração, ela é uma trespontana, uma educadora, então ela tem um histórico na cidade. Temos que desvincular as pessoas das legendas. A legenda faz parte hoje mais da questão jurídica e nem tanto da parte da ideologia. Temos que entender o que está acontecendo hoje com pessoas que fazem parte do Partido dos Trabalhadores, pessoas sérias, boas. Não podemos colocar essas pessoas num lugar como um qualquer, não é assim. Temos que respeita-los.
Popó, poxa, cara sensacional, convivo com ele, ama a mulher dele, pulso forte… Doutor Francisco Eustaquio entende tudo sobre segurança publica, tem uma visão técnica muito boa. João Vitor é um cara intelectual, a cultura dele está lá em cima, então todos tem o perfil de ser vice, tranquilo nesse ponto.
Conexão – Luiz Roberto, na sua opinião houve um pouco de exagero e ingratidão das pessoas com relação ao João Victor? Como secretario de educação e vereador realizou sim importantes trabalhos por Três Pontas, como por exemplo a vinda do Unis. E falaram nas eleições que você perdeu por causa do seu vice. Como você vê isso, e há uma nova possibilidade de uma parceria entre você e o João Victor?
Luiz Roberto – Nós não perdemos por culpa do vice João Victor. Na França existe uma associação chamada Associação dos Boatos, já caíram ministros, presidentes, no mundo todo… Eles fazem pesquisa sobre isso, então muitas vezes criminalizam as pessoas, e isso é um perigo que pode ocorrer com qualquer um de nós, e as pessoas que soltam os boatos tem as vezes a irresponsabilidade pelas famílias, pois quando você solta um boato, você agride a pessoa, a esposa, os filhos, os pais dessa pessoa. Então muitas vezes o que aconteceu com o João Victor foram os boatos, e que não são verdadeiros em relação a pessoa do João, um profissional de primeira, só quem conhece ele sabe quem é. E eu, três anos antes da eleição anterior, tinha brincado com o João. E ele disse que se saísse candidato a prefeito, eu seria o vice dele. E eu disse: ‘João, de você eu sou, porque eu te conheço e sei até onde vai sua capacidade’. E no dia ele disse: ‘Luiz, agora é minha vez e vou te convidar pra ser meu vice, porque sou candidato a prefeito’. Ai cheguei em casa e falei, minha família falou que eu não podia. E eu disse que pelo João sairia. E depois houve uma mudança de planos, eu saí candidato a prefeito e o João a vice. Então quer dizer, só nessa posição que tive com o João, já mostra minha amizade com ele. E é possível com o João, com o Popó, com a Maísa, com o Francisco Eustaquio assim como é possível eu com ele, ele na cabeça e eu como vice, tudo é possível. A vida da gente é de momentos. Para que serve o passado? Para você lembrar, e construir amizades e hoje estamos no presente.
Conexão – Você é muito querido na cidade, e tem uma cartela de clientes gigantesca assim como o saudoso ex-prefeito Dr. Glimaldo. Dr. Glimaldo infelizmente não conseguiu cumprir porque faleceu durante seu governo. O Luiz Roberto sendo prefeito, com todo esse trabalho médico importante que sempre realizou, terá tempo para ser prefeito e também para trabalhar como médico?
Luiz Roberto – Nós vamos trabalhar em cima disto ainda, vamos estudar porque é claro que eu tenho meus pacientes e tenho muito carinho por eles, então eles podem ficar tranquilos porque vou ter tempo sim para eles. O Dr. Luiz Roberto acorda às 5h da manhã. Muita gente não sabe sou até chamado de retireiro pelas pessoas do hospital. Acordo às 5h e vou dormir à meia noite. Podem ficar tranquilos que vou ter tempo.
Conexão – Durante várias administrações se prometeu muito acabar com filas em postos de saúde, fila com a ortopedia durante a madrugada e é um problema que continua acontecendo hoje. É uma preocupação sua acabar de vez com isso?
Luiz Roberto – É uma preocupação sim. Você sabe de uma coisa muito importante? É o seguinte: quando você entra em uma administração principalmente na área da saúde é preciso fazer um diagnóstico sobre a saúde. O que é um diagnóstico da saúde? Diagnóstico é você ter uma metodologia de trabalho em que pessoas que são gestores na área da saúde, e nós temos hoje profissionais da área da saúde em três Pontas que são gestores e fizeram curso de gestão em saúde pública e em fazer diagnóstico, onde existe um ponto negativo e onde existe um ponto positivo na área da saúde e aquele ponto intermediário. No ponto positivo onde você mantém e melhora. No intermediário onde você pode melhorar. E no ponto negativo é onde você tem que consertar. Então se você não fizer um diagnóstico que deve demorar mais ou menos de 2 a 3 meses em que você vai ter que em todos os setores da saúde ouvir todo mundo (paciente, povo, médico, pessoal da área da saúde) pra com isso começar a dar um laudo pra você fazer um diagnóstico, é como se eles tivessem falando pra você o que estou sentindo, ai você começa a ter certas mudanças , porque se não fizermos um diagnóstico da saúde vamos manter o mesmo padrão. Então a mudança seria você estudar esses pontos e aonde ele “marginaliza o cidadão”, porque o cidadão espera uma coisa que ele não tem e tem que ficar ali esperando. Então aquele momento dele é o diagnóstico, mas é tão fácil assim. Não é difícil, por isso você precisa de especialista para se fazer o diagnóstico e existe realmente o funcionário público para isso.
Conexão – Um administrador não pode esperar as coisas chegarem no seu gabinete, ele tem que correr atrás e tem que ter um acesso com político de outras esferas. Qual será a participação do ex-senador Clésio Andrade e do deputado Diego Andrade no seu governo? E você acha que eles ou apenas o Diego que digamos ‘continua na ativa’, eles estarão no seu governo caso você seja eleito prefeito para que finalmente se concretize o projeto da terceira pista entre Três Pontas e Varginha que pode trazer muito progresso para Três Pontas além de acabar com essa ‘carnificina’?
Luiz Roberto – Dr. Clésio Andrade está afastado da política. Já o Diego teve dezessete mil votos em Três Pontas, e ele se interessa por Três Pontas. Então nós temos que explorar o Deputado assim como tem o Caixa que temos que explorá-lo, que também teve mais de dezessete mil votos. Temos que sentar com eles para que exista um caminho que podemos trilhá-lo e isso faz parte do sistema e caminho de um administrador. Um administrador não pode só pensar que seu orçamento dá para administrar a cidade, isso não. Você tem que fazer projetos e colocar os projetos e emendas para serem votadas, porque senão a gente vai começar a fazer só arroz e feijão e precisa ir mais além. Arroz e feijão é obrigação, pagar funcionário também é. Não tenho um funcionário que nunca deixou de ser pago, então vejo isso como importantíssimo porque eu sou funcionário público e vejo como isso faz toda diferença no final do mês, o pagamento é uma satisfação pelo trabalho que eu tive. Além do funcionário você tem gastos importantes como educação, saúde, obras, e com esse orçamento consegue se fazer algo mais. Você tem que ir atrás do algo mais. Então é isso que nós vamos fazer e hoje em Três Pontas temos outro polo industrial que é o polo industrial do plástico> As pessoas têm que entender que esse polo industrial do plástico imediatamente ele tem que ser falado, tem que ser televisionado, tem que ser comunicado a toda Minas Gerais a toda São Paulo, porque com isso outras empresas vêm e dão mais serviços. Está todo mundo quietinho. O polo industrial do plástico é nosso! Nós hoje temos a Markplast, Artvac, tem outras empresas grandes que estão ai trabalhando em cima do plástico, e o plástico tem uma vida longa, então se nós não trabalharmos juntos com esses empresários a importância desse polo industrial de plástico, a importância hoje do óleo, importância do têxtil que temos hoje na cidade, do brinquedo, fica difícil. Nós temos que trazer e continuar fortalecendo essas indústrias, senão não adianta e vamos ficar parados.
Conexão – Você acha que é importante uma grande parceria entre Prefeitura e Associação Comercial, com o Presidente Michel Renan, que faz um excelente trabalho, por exemplo?
Luiz Roberto – Não conseguimos viver sem a Associação Comercial. Não conseguimos viver sem as indústrias. O município tem que estar dentro da Associação Comercial, ele tem que estar dentro das indústrias, ele tem que viver e saber quantos estão empregados e quantos estão sendo desempregados, por isso existe uma secretária de indústria e comércio, de agricultura, para que os secretários fiquem lá dentro, para poder fazer o levantamento aonde pode desenvolver, desenvolver mais capitação de recursos e empregos e menos demissão. Porque as cidades vizinhas querem a mesma coisa. E se você dormir você perde para a cidade vizinha.
Conexão – Que mensagem final você deixaria para a população trespontana? Porque confiar, votar em você e que tipo de prefeito o Luiz Roberto espera ser?
Luis Roberto – Como pré-candidato do PSD eu falo que se trabalha em equipe. Você tem que ter técnicos nas pastas, gestor em cada pasta. Se você não tiver o gestor, você não trabalha, porque você vai trabalhar sozinho e trabalhar sozinho a responsabilidade é muito grande, por isto que existem as pastas, os gestores. Cada secretária tem um gestor. O nome gestor remete a gestação, gravidez; Ali você cria um relacionamento com sangue e com as proteínas para formar uma criança muito bem formada intelectualmente, fisicamente. Se você não tiver uma boa gestação nasce morto. Por isso você precisa de muitos técnicos pra você gestar. O Funcionalismo Público existe e há uma grande maioria que são gestores, líderes, servidores. A função líder é servir e a do prefeito é ser servidor e fazer com que todos sejam servidores e entendam a palavra servidor, que é servir ao povo. Servidor Público tem que ter liderança, a liderança se constrói com a consciência e com o coração. Você não constrói com o punho. Se você construir com o punho você vira ditador e isso não pode existir hoje em uma democracia. As ditaduras estão caindo em todo lugar, então vamos ser democráticos, vamos ouvir a Associação Comercial, empresários, povo na rua, jornalistas, vamos ouvir o que eles querem. Não é o que eu quero que conta, mas sim o que eles querem. A gente precisa ouvir mais que falar porque temos dois ouvidos e uma boca. Então ouvir toda a população para poder fazer um programa justo, enxuto, tirar as gorduras para poder administrar com um orçamento que a gente consiga gastar como nos condiz com muito cuidado.