Na tarde desta quinta-feira (17), os cinco servidores da Prefeitura de Três Pontas que estão sendo investigados na Operação “Trem Fantasma” foram ouvidos pelo Ministério Público da comarca local.
Advogados, parentes, amigos, curiosos, imprensa, apoiadores e opositores à atual Administração se aglomeraram em frente à sede da Promotoria, no Centro da cidade, aguardando a chegada dos secretários José Gileno Marinho (Transportes e Obras) e Roberto Barros de Andrade (Fazenda). Também foram conduzidos para a oitiva os servidores públicos municipais Francisco Henrique de Araújo (chefe da Divisão Mat.Pat.Serv.Gerais) e Nicésio Campos Silva (chefe da Divisão de Tesouraria), além de Ralph Duarte Funchal que ocupa o cargo comissionado de chefe da Divisão de Apoio Administrativo.
Os primeiros a serem ouvidos foram Ralph e Nicésio. Cerca de 30 minutos depois, uma viatura do sistema prisional chegou conduzindo Roberto Andrade, Francisco Henrique e Gileno Marinho. Visivelmente abatidos, eles desceram do veículo sob manifestação popular, intensificada quando Marinho saiu da viatura.
Após prestarem os depoimentos, os investigados foram reconduzidos ao Presídio de Três Pontas onde cumprem prisão temporária desde terça-feira (15). Ainda não há informação se eles serão soltos sábado (19), quando vence o prazo legal, ou se a prisão temporária será prorrogada por mais cinco dias.
Pela manhã, também aconteceram oitivas a fim de elucidar as informações sobre a possível fraude. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos – comprovadamente, poderão responder por peculato.
Trem Fantasma
As oitivas são mais um passo dentro da Operação “Trem Fantasma” iniciada há quatro meses. A partir da representação feita ao Ministério Público pelo vereador Roberto Donizetti Cardoso (PP) foram instalados procedimentos cíveis e criminais para dar início à apuração de eventuais fraudes na execução de contratos firmados para fornecimento de peças e combustíveis à Prefeitura local.
A hipótese é que 12 veículos e máquinas pertencentes à frota do município “receberam peças e combustíveis”, mesmo estando em desuso. O suposto golpe teria sido aplicado em 2017 e também neste ano.
Na terça-feira (15), a Operação apreendeu computadores, documentos, celulares, quatro armas de fogo e munições e decretou a prisão temporária dos cinco investigados. Participaram da ação 37 policiais militares, oito promotores de Justiça, sete servidores do Ministério Público, 12 fiscais da Receita Estadual e um policial civil. A ação do MPMG aconteceu através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Varginha, em conjunto com a 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Três Pontas.
Texto: Arlene Brito (SintonizeAqui) Informações: Conexão Três Pontas
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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