Um dos remédios mais populares para tratar azia, úlceras e refluxo tem como princípio ativo o cloridrato de ranitidina. Anvisa identificou a presença de uma substância que pode causar câncer.
Seis laboratórios decidiram recolher lotes de um remédio usado no tratamento de doenças do aparelho digestivo. Foi uma medida preventiva, porque a Anvisa identificou a presença de uma substância que pode causar câncer.
Um dos remédios mais populares para tratar azia, úlceras e refluxo tem como princípio ativo o cloridrato de ranitidina. Mas esse medicamento está agora sendo recolhido preventivamente das prateleiras das farmácias.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária detectou uma contaminação em setembro de 2019. Testes mostraram na ranitidina importada de um laboratório da Índia a presença de uma substância chamada de nitrosamina, acima dos níveis tolerados pela Anvisa.
A nitrosamina é classificada pela Organização Mundial da Saúde como sendo possível causadora de câncer em humanos. Por isso, a Anvisa decidiu suspender preventivamente a importação e a comercialização da ranitidina vendida pelo fabricante indiano, e pediu aos 24 laboratórios que importavam essa raniditina que fizessem testes para detectar se havia contaminação em lotes do medicamento produzido aqui.
No total, 225 lotes já foram retirados do mercado. Seis laboratórios notificaram a Anvisa sobre o recolhimento voluntário: Medley, Aché, EMS, Legrand, Nova Química e Germed. Outro laboratório, o Hipolabor, disse que não fabrica mais o produto desde 2018.
Nos Estados Unidos o cloridrato de ranitidina também tem sido recolhido das prateleiras pelo mesmo motivo.
A Anvisa diz que a nitrosamina não representa um risco imediato para a saúde.
“O risco é quase inexistente, é um risco muito baixo sobretudo porque as nitrosaminas só produzem o efeito maléfico no organismo quando ingeridas por um longo período de tempo. A gente está falando de anos, prazo superior a cinco anos. E no caso do tratamento ao qual a ranitidina, o cloridrato de ranitidina se presta, são tratamentos que se estendem na ordem de quatro a 12 semanas”, explica Ronaldo Gomes, gerente de Inspeção e Fiscalização da Anvisa.
O alerta é para que os pacientes procurem seus médicos antes de parar qualquer tratamento.
“A questão de usar ou não a ranitidina. Ela pode ser substituída por outros remédios? Sim. Ela deve ser substituída? Isso tem que conversar com o médico e ver o risco benefício de substituição ou manutenção desse remédio. A população tem que ter a tranquilidade de não achar porque tomou o remédio por um período que agora tem um risco grande de ter câncer e que tem que fazer exames para ver isso”, afirma o gastroenterologista Marcos Belotto.
Fonte G1
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Roger Campos
Jornalista
MTB 09816
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