Dois casos de afogamentos envolvendo três crianças, um adolescente, dois adultos e um idoso mobilizam o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais no lago formado pela Represa de Furnas, no Sul de Minas Gerais. As ocorrências são em lugares afastados, nos braços formados pelo Rio Sapucaí e separadas por uma distância de mais de 60 quilômetros, entre Três Pontas e Carmo do Rio Claro.

No primeiro, que já se arrasta por 15 dias, desde o domingo dia 15 de dezembro na localidade chamada de Prainha ou Ilha do João Bandoni, em Três Pontas, dois corpos de menores estão sendo procurados por equipes de bombeiros do 4º Pelotão de Varginha e a previsão é de que os trabalhos se prolonguem até a sexta-feira (3), caso necessário.

Era um dia chuvoso e o pescador chamado Francisco foi pescar com seu filho de 17 anos e o seu sobrinho de 11 anos. Os três estavam num barranco que se encontrava muito escorregadio devido à lama formada pela chuva. Num descuido, o sobrinho escorregou pela lama e caiu dentro das águas. O pescador saltou para dentro do braço de rio que forma o lago e conseguiu resgatar o menino, levando-o até a margem. Contudo, o filho dele acabou escorregando ao tentar ajudá-los, fazendo com que os três caíssem nas águas e acabassem sendo levados pela correnteza.

Os três ficaram presos num redemoinho formado pelas fortes correntes, sendo que o pescador foi o único a conseguir escapar da força do vórtice. Os menores não foram mais vistos. Neste mesmo dia os bombeiros iniciaram as buscas com mergulhos em ponto de remansos. Contudo a correnteza forte e a visibilidade abaixo de um palmo impediram a efetividade desse trabalho.

“Os militares, ao mergulhar, tinham mais de se segurar do que efetivamente conseguir se deslocar. A partir do quarto dia, começamos a fazer mais buscas visuais do que o próprio mergulho em si, porque a partir do terceiro dia os corpos boiam. Procuramos odores de decomposição e urubus, mas não conseguimos sinais”, disse o tenente Rotondo, do Pelotão de Varginha.


Estão sendo empregados barcos, motos aquáticas e até helicópteros. As buscas, no curso sinuoso, repleto de vegetação, ramos e redes de pesca já se ampliaram por uma distância de 20 quilômetros do ponto onde ocorreu o acidente. “Muitas vezes os corpos ficam presos sob a vegetação, locas ou galhos submersos, por isso estamos procurando em todos os lugares possíveis. Há parentes ajudando”, afirma.

Os corpos do homem e das duas crianças que ainda estavam desaparecidos após o barco em que eles estavam virar no Lago de Furnas foram encontrados por uma embarcação da Marinha do Brasil na manhã deste domingo (29). O acidente aconteceu na última sexta-feira (27) entre Carmo do Rio Claro (MG) e Guapé (MG) e matou cinco pessoas da mesma família, sendo que os corpos de duas mulheres já haviam sido localizados.

Desde sexta, as equipes de busca da Marinha e do Corpo de Bombeiros trabalhavam na região. No entanto, devido à água ser muito turva e não ter sido possível determinar precisamente onde os corpos haviam afundado, as vítimas ainda não haviam sido localizadas.

Então as buscas foram retomadas na madrugada deste domingo e os corpos foram encontrados após flutuarem e serem avistados pelos militares. Eles estavam em uma região conhecida como Água Santa, entre os dois municípios.

O barco de madeira movido a motor onde a família estava virou durante a tarde de sexta-feira. A família mora em Franca, no interior de São Paulo, e estava no Sul de Minas para festas de fim de ano. Eles passeavam de barco no ponto onde a profundidade chega a 15 metros.

Outro parente, marido de uma das vítimas, pilotava o barco e conseguiu se salvar. Ele ainda tentou ajudar no socorro.

Fontes G1 e Estado de Minas

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Roger Campos

Jornalista

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