Discordâncias sobre a forma de enfrentar o novo coronavírus no Brasil e “rusgas” públicas fizeram presidente decidir por mudança na pasta; substituto será Nelson Teich

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu, nesta quinta-feira, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta. A decisão, comunicada em reunião no Palácio do Planalto, é resultado de semanas de tensões e discordâncias públicas entre o executivo e o agora ex-chefe da pasta sobre como combater a pandemia do novo coronavírus no Brasil.

O substituto será o oncologista Nelson Teich, que se reuniu com Bolsonaro na manhã desta quinta, em Brasília. No encontro, o médico apresentou propostas de enfrentamento à COVID-19 no país.

Enquanto esteve no cargo, Mandetta seguiu recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e orientou um confinamento mais abrangente, que incluísse a maioria da população, com o objetivo de evitar mortes e sobrecarga no sistema de saúde. Já Bolsonaro, com o propósito de reduzir danos econômicos, defende o chamado “isolamento vertical”, em que apenas aqueles que estão em grupos de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas) devem ficar em casa.

As especulações sobre a troca de comando no Ministério da Saúde se arrastam há semanas. No último dia 6, Bolsonaro havia decidido pela demissão de Mandetta, mas voltou atrás ao ser convencido pela chamada “ala militar” do governo de que era melhor mantê-lo no cargo em meio à crise. A tensão voltou a crescer quando o ministro concedeu uma entrevista ao Fantástico, da TV Globo, no último domingo. Mandetta lamentou as divergências no combate à pandemia e disse que a o brasileiro não sabe quem deve escutar: o Ministério da Saúde ou o presidente. As declarações irritaram o governo e aumentaram a pressão pela demissão, agora com o aval da própria “ala militar”.

O Novo Ministro da Saúde

Nelson Luiz Sperle Teich é formado em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer e doutorado em Ciências e Economia da Saúde pela Universidade de York, no Reino Unido.

Fundou e presidiu o Grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI) entre 1990 e 2018. Foi consultor da área de saúde da campanha de Jair Bolsonaro à presidência em 2018. Chegou a ser cotado para o Ministério da Saúde na época.

O oncologista conta com apoio da classe médica e mantém boa relação com os empresários do setor de saúde. A expectativa é de que Teich traga dados que destravem debates “politizados” sobre a COVID-19.

Segundo seu perfil no LinkedIn, ele atuou como consultor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, atualmente comandado por Denizar Vianna.

Com informações do Estado de Minas

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Roger Campos

Jornalista

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