Um entregador de sanduíches de nome Marcelo, que trabalha na empresa Hamburgão, foi assaltado na noite desta sexta-feira (14), por volta das 23hs30min, na rua Francisco dos Santos Reis, na altura do número 220, no bairro Jardim Philadelphia.
O Conexão Três Pontas acompanhou a varredura da PM em busca dos criminosos. No local, nos deparamos com a vítima e os donos do estabelecimento comercial, que repassaram outras informações aos militares e também a nossa reportagem.
Segundo o motoboy Marcelo, ao virar a esquina da rua Francisco dos Santos Reis para fazer a entrega de um pedido (cujo telefone está anotado, o que pode facilitar a identificação dos meliantes) foi surpreendido por três indivíduos que estavam encostados em um muro. Rapidamente os criminosos cercaram a moto e anunciaram o assalto.
“Eles disseram: ‘é um assalto, é um assalto’. E encostaram um objeto no meu pescoço que eu suspeito ser uma faca ou um revolver, porém parece ser uma arma branca. Eles pegaram minha carteira, meu celular e a moto. Dois indivíduos saíram no veículo e o outro fugiu numa bicicleta”, disse.
O motoboy explicou ainda que por sorte eles não levaram o dinheiro das entregas que estava num dos bolsos da jaqueta e não na calça que foi revistada pelos ladrões.
A PM está no encalço dos criminosos e já tem algumas suspeitas. Através do pedido do sanduíche, do número que consta no celular da empresa, um nome e uma foto já estão sendo apurados.
Felizmente o motoboy não sofreu nenhuma agressão física, apesar do susto. Marcelo disse que a moto foi comprada recentemente por ele, uma Yamaha YBR de cor preta, mas que está no nome dos responsáveis pela empresa de sanduíches.
Qualquer informação pode ser repassada à Polícia Militar pelo Disque Denúncia: 190.
A reportagem do Conexão Três Pontas recebeu a informação de que um entregador de sanduíches acabou de sofrer um assalto a mão armada no bairro Jardim Philadelphia.
Chegando no local nos deparamos com uma viatura da Polícia Militar que nos informou que estava na busca pelos criminosos, fazendo um rastreamento pelas imediações do bairro.
O crime aconteceu por volta das 23hs30min e nossa reportagem seguiu a viatura na PM na “caça” aos bandidos que, segundo a vítima, estavam armados. Até onde acompanhamos os meliantes não foram localizados.
Nossa reportagem, buscando sempre a informação no local dos fatos, “comeu poeira” como mostram as fotos e continuará informando o desenrolar de mais esse crime em Três Pontas.
Mãe de Jean Douglas falou ao Conexão: “Infelizmente é ele mesmo. Uma judiação.”
Informações que chegaram na manhã desta quarta-feira (12) ao Conexão Três Pontas dão conta de que a ossada humana encontrada no dia 22 de janeiro deste ano na zona rural de Três Pontas é mesmo do jovem Jean Douglas que estava desaparecido.
A ossada havia sido encontrada na Fazenda São Sebastião (Fazenda do Deca Miranda), que está localizada entre o município de Três Pontas e o distrito do Quilombo Nossa Senhora do Rosário. A ossada estava numa grota de difícil acesso, a aproximadamente 300 metros da margem da estrada. Naquela oportunidade a perícia da Policia Civil foi acionada e entregou a ossada para a Organização de Luto Cônego Victor que encaminhou para o Instituto Médico Legal (IML) em belo Horizonte para estudos com o propósito de identifica-la.
A arcada dentária estava em bom estado, o que certamente ajudou no processo de identificação, divulgado nesta quarta-feira (12).
Jean Douglas era portador de doença mental, a esquizofrenia. Ele desapareceu em Três Pontas no dia 24 de janeiro de 2013. Ele tinha 22 anos. Não há informações sobre a causa da morte. Uma funerária deverá ser contratada pela família para ir à Belo Horizonte para trazer os ossos para o posterior sepultamento.
Nossa reportagem conversou com a mãe de Jean Douglas. Dona Maria do Perpétuo Lopes disse que a ossada é mesmo de seu filho e resumiu a notícia e a perda do filho como uma verdadeira judiação. “Infelizmente é verdade. A ossada é de Jean. Nós vamos mandar buscar amanhã lá em Belo Horizonte. Ele tinha apenas 22 anos de idade. E a ossada foi achada faltando uma perna, um pedaço do braço. Isso não se faz. Mas não havia sinal de violência no cranio, nem sinal de tiro, nem nada. E eu vou querer descobrir qual foi a causa da morte dele. Muito triste o que aconteceu” , falou emocionada.
Jean Douglas era o do meio, de um total de três filhos. Dona Maria, apesar da dor, teve a lucidez de fazer um agradecimento. “Quero aproveitar o Conexão para agradecer as polícias civil e militar e também aos parentes e amigos. A todos os trespontanos que se uniram nessa procura, que ajudaram a colar os cartazes. Deus abençoe a todos”.
O Conexão Três Pontas recebeu a informação de que uma grande operação policial estaria acontecendo na tarde desta quarta-feira (5) em diversos pontos da cidade. O objetivo foi desmantelar a ação dos bicheiros e demais pessoas envolvidas com o jogo do bicho.
De acordo com as informações obtidas na Rua Dona Isabel, no centro de Três Pontas, onde dois pontos de suposta jogatina foram averiguados, a operação contou com o trabalho em parceria das polícias civil e militar que, depois uma vasta investigação, tentaram estourar cerca de 20 pontos de jogo do bicho, espalhados por toda cidade.
A movimentação atraiu a atenção dos populares. Nós chegamos a conversar com o delegado da Polícia Civil de Três Pontas que estava na operação, Dr. Andrey Michel Alves Leite, em busca de outras informações, assim que uma prisão foi feita na Rua Dona Isabel. Ele nos disse que dará mais informações nesta quinta-feira, já que a operação, iniciada por volta das 14 horas, se estendeu por toda tarde até que todos os pontos fossem examinados pelas equipes das duas polícias.
Contravenção Penal
O Jogo do Bicho não é um crime, mas uma Contravenção Penal, que é basicamente um “crime anão”, como definem alguns especialistas. A única diferença entre os dois é a dimensão do delito e a consequente pena, que na Contravenção Penal é menor. Se o Jogo do Bicho fosse considerado um crime, quem lucra com ele poderia ser penalizado com reclusão ou detenção (ir pra cadeia por bastante tempo), poderia inclusive ser penalizado pela simples tentativa de envolvimento. Entretanto, a punição pelo envolvimento no Jogo do Bicho, como é uma Contravenção Penal, é de apenas 3 meses a 1 ano de prisão, e a simples tentativa não é punível.
Contravenção Penal ou não, o Jogo do Bicho continua sendo ilegal.
Como surgiu o Jogo do Bicho
Muito diferente de sua configuração atual, o Jogo do Bicho surgiu de uma maneira quase inocente há mais de um século. Em 4 de julho de 1892, o Barão João Batista Vianna Drummond, conhecido personagem carioca daquela época, idealizou o jogo como uma forma de atrair mais pessoas para o seu zoológico, que passava por dificuldades financeiras e estava prestes a ser fechado.
Para criar a dinâmica do jogo ele resolveu utilizar os 25 tipos de animais que existiam em sua propriedade na Vila Isabel e assimilou 4 números para cada animal, resultando em 100 dezenas contadas de 00 a 99. Estes números e animais são usados até hoje, mas o jogo tinha algumas diferenças.
A cada ingresso vendido para entrar no zoológico era associado um animal, dependendo dos dois últimos números do bilhete, e este ingresso dava direito à participação no sorteio, onde uma parte do valor arrecadado com as entradas era sorteado. O animal vencedor, que era escolhido previamente pelo Barão, era representado por uma figura que ficava escondida por um pano e só era revelada no final do dia, o que incentivava as pessoas a passarem o dia no Jardim Zoológico, consumindo os seus diversos serviços como cafés, hotel e restaurante.
A Polícia Civil de Varginha fez uma investigação detalhada sobre a compra de carteiras de habilitação (CNH) na região. Os resultados apontaram irregularidades de compra e também falsificação em carteiras por pessoas que moram em Três Corações, Varginha e em Três Pontas.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público que solicitou a busca e apreensão das CNHs irregulares. De acordo com as informações, os policiais civis já estão neste momento nas cidades citadas, inclusive aqui em Três Pontas, atrás das pessoas identificadas que compraram carteiras de motorista.
Foto Ilustrativa
Elas responderão pelos crimes de estelionato e porte de documento falso, quando comprovada a inautenticidade da habilitação.
A Guarda Civil Municipal colocará em prática no próximo domingo, dia 26 de julho, a operação Brincadeira Sim Cerol Não, com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do uso de linhas de pipa com cerol e chilena, além de prevenir acidentes e o risco à vida e ao patrimônio, por conta da ruptura de cabos de energia elétrica, podendo provocar até a queima de aparelhos eletrônicos.
Sargento Edward Naves (terceiro da direita para esquerda) e os membros da GCM em Três Pontas.
De acordo com o Sargento Edward Naves, comandante da GCM, será feito um torneio de pipa organizado por terceiros, além de uma palestra sobre os riscos do cerol e linha chilena, que acontecerá no domingo, 26, a partir das 9 horas da manhã na Mina do Padre Victor.
O comandante lembra que estão sendo feitas fiscalizações recorrentes até o dia 31 de julho, podendo haver a apreensão do material (cerol e linha chilena), além do registro do crime através do Boletim de Ocorrência.
Recentemente alguns casos graves envolvendo uso de linha chilena foram registrados em Três Pontas. Dois motociclistas tiveram o pescoço cortado, um deles, o comerciante Geraldo José Prado (Coelho), que sofreu uma lesão profunda tendo que tomar 12 pontos, quase perdendo a vida.
Hipótese é que motorista tenha tentado desviar de “gato”
Um acidente foi registrado por volta das 22hs40min na MG 167, no trevo da Charneca, entre Três Pontas e Santana da Vargem. De acordo com informações colhidas no local por nossa reportagem, o condutor teria tentado desviar de um animal e acabou batendo na vala na lateral da pista e capotando.
O socorro foi feito pelo SAMU. Tanto o condutor Willian Vitor Silvestre, natural de Três Pontas, de 28 anos, quanto o passageiro não se feriram, apesar da gravidade do acidente e do estado em que o veículo ficou, um Volkswagem Gol, de cor prata, placas GUW 9384, de Três Pontas.
Sargento Maxsuel da Polícia Militar.
De acordo com o Militar Sargento Maxsuel, a PM foi acionada no local para resguardar o trecho, sinalizar e evitar novos acidentes, até a chegada da Polícia Rodoviária Estadual, que tem a jurisdição sobre a via. “Pelas primeiras informações, o veículo estava vindo de Santana da Vargem para Três Pontas. Segundo o condutor, um animal teria atravessado na frente do veículo, onde ele teve que desviar e acabou chocando-se com a valeta na lateral da pista vindo a capotar. O SAMU fez o resgate, felizmente eles não se feriram e estamos aqui dando apoio até a chegada da PRF. Sobre a documentação do condutor e do veículo, quem cuidará disso é a Polícia Rodoviária, pela jurisdição na via. Nossa preocupação é evitar outro acidente”, explicou.
Depois de matar jovem de 19 anos, acusado foi pego dentro do carro praticando sexo
Graças a um rápido trabalho da Polícia Militar de Três Pontas, o atropelador da jovem Jaqueline Moreira de Oliveira, foi preso, cerca de 3 horas após o crime. Ele foi localizado após denúncias anônimas e, para espanto de todos, estava dentro do carro que atropelou a comerciária e, pasmem, estava nu e praticando sexo.
Nossa reportagem esteve há poucos instantes no Quartel da Polícia Militar onde o veículo se encontrava sobre o caminhão guincho. Lá também estava sendo lavrado o Boletim de Ocorrência e apresentado o autor do crime, conforme nos explicou o Sargento Viana:
Veículo Vectra, placas GSC 6880, de São Gonçalo do Sapucaí, usado no atropelamento e morte de Jaqueline.
“Os resultados do nosso trabalho têm sido satisfatórios porque a população tem ajudado. Há muito empenho da polícia e as denúncias da população que está atenta. Sem isso não seria possível realizarmos essas operações sempre bem sucedidas. Pedimos sempre para que a população continue nos auxiliando. E sobre esse caso específico, trata-se do indivíduo chamado Mauro Carolino. Inicialmente ficamos sabendo que havia um Vectra envolvido no atropelamento. Em conversas com populares tivemos informações de que esse carro esteve nas proximidades do Campo do Vila, antes do atropelamento. Conseguimos informações e chegamos no condutor do veículo, na placa e em todas as informações que precisávamos. Localizamos um parente dele que deu outras informações. E outras denúncias anônimas levaram a nossa guarnição até o local onde o veículo estava. O indivíduo foi localizado nas proximidades da Biosep e do Centro de Eventos Wagner Tiso. Chegamos de surpresa e ele estava nu, dentro do veículo praticando sexo com uma moça que estava com ele na hora do atropelamento”, explicou o militar.
Sargento Viana da Polícia Militar de Três Pontas.
Ainda conforme o Sargento, lhe foi dada a voz de prisão, sem que ele tivesse tempo de correr. Inicialmente ele negou o atropelamento, mas a moça que estava com ele disse que após atingir a vítima, ela pediu para que ele parasse para socorrê-la. Mas ele teria se negado, dizendo que “não estava nem aí” com o ocorrido.
“Ele estava praticando sexo depois de ter atropelado e matado uma pessoa. Ele estava sobre efeito de drogas e álcool. O teste do bafômetro mostrou uma grande quantidade de álcool, o que configura crime. O indivíduo Mauro Carolino já é conhecido da Polícia Militar e teve envolvimento em outro homicídio nas proximidades da Mina do Padre Victor. Ele estava preso há pouco tempo atrás. Ele é inabilitado e será apresentado ao Delegado de plantão e poderá responder por homicídio doloso, por lesão corporal referente ao motoqueiro que foi atingido também e ainda por omissão de socorro. Eu acredito que esse indivíduo não deva ficar solto”, complementou.
O Crime
A jovem Jaqueline Moreira de Oliveira, de 19 anos, morreu após ser violentamente atropelada na altura do número 1.300 da Rua Espírito Santo, no bairro Santa Edwirges. O caso aconteceu por volta das 19hs30min desta terça-feira (14). De acordo com testemunhas, ela e uma amiga caminhavam no canto da rua quando Jaqueline foi atingida por trás e arremessada contra a calçada. O motorista de um Vectra prata fugiu sem prestar socorro, além de atingir um motociclista logo depois do atropelamento fatal.
A jovem Jaqueline Moreira de Oliveira, de 19 anos, morreu após ser violentamente atropelada na altura do número 1.300 da Rua Espírito Santo, no bairro Santa Edwirges. O caso aconteceu por volta das 19hs30min desta terça-feira (14). De acordo com testemunhas, ela e uma amiga caminhavam no canto da rua quando Jaqueline foi atingida por trás e arremessada contra a calçada. O motorista de um Vectra prata ou cinza fugiu sem prestar socorro, além de atingir um motociclista logo depois do atropelamento fatal.
Nossa reportagem esteve no local e conversou com a jovem V. S. que é secretária e que pediu para não ser identificada. Era ela quem subia a rua com Jaqueline na hora do atropelamento. Emocionada e assustada, ela contou o que aconteceu:
“Era por volta de umas 7 e meia da noite. Eu havia saído do meu serviço há cerca de 30 minutos. Encontrei com ela uma esquina antes do atropelamento e a gente subiu tranquilamente conversando. Nós estávamos no canto da rua.
“A gente estava bem no canto da rua, eu aqui e ela do meu lado. Foi quando o carro atingiu ela e a jogou longe”, relatou a testemunha V.S.
Nós não tínhamos visto esse carro subindo em alta velocidade. Foi tudo muito rápido e quando percebi ele já havia jogado ela longe. Quando eu olhei o carro já estava longe. Eu estava bem perto do meio fio e ela do meu lado. Ela foi atingida por trás e jogada em cima do passeio. Tinha mais gente na rua e ninguém conseguiu identificar o carro. Gritaram pra eu não colocar a mão nela, chamaram o resgate. Eu entrei em choque, foi um desespero. Esse condutor não parou pra socorrer e ainda acertou um motociclista logo depois de atropelar a Jaqueline. Foi horrível”, desabafou.
Testemunhas contaram ao Conexão que nas proximidades do Supermercado do Neguinho, há câmeras de circuito interno que poderiam ajudar a identificar o autor do atropelamento.
Sargento Martins da Polícia Militar de Três Pontas.
O Sargento Martins da Polícia Militar deu outras informações sobre o caso: “A Polícia Militar foi acionada através do 190. De imediato o nosso atendente acionou a equipe do SAMU para se deslocar ao local do acidente. Nós também nos deslocamos e quando chegamos o SAMU já havia constatado o óbito da vítima. Diante disso, isolamos o local, preservamos o mesmo até a chegada da perícia e liberação do corpo. Trata-se de um atropelamento feito por um veículo GM Vectra, de cor prata, que transitava em alta velocidade pelo bairro. A vítima foi atingida e não foi prestado o socorro. Estamos fazendo o rastreamento afim de identificar e prender o autor. Sobre o crime, o autor poderá ser enquadrado em homicídio culposo. Porém, com as evidências de que estava em alta velocidade e também por já ter cometido o crime de omissão de socorro, com testemunhas relatando tudo isso, ele pode se enquadrar em crime doloso, com a intenção de matar”, explicou.
Questionado por nossa reportagem sobre a existência de câmeras no local, o Sargento Martins explicou que outra viatura já esteve no local apurando essas informações, mas que tudo indica que as câmeras se encontravam desligadas na hora do atropelamento.
O condutor da motocicleta foi levado para o Pronto Atendimento Municipal. A Polícia Militar espera identificar e prender o autor nas próximas horas.
A Perícia esteve no local. O corpo será levado para o IML em Varginha onde passará por autópsia para identificar as causas da morte e posterior liberação.
Ainda de acordo com testemunhas, o autor já teria sido identificado e que inclusive seria conhecido da Polícia Militar por passagem, supostamente, por homicídio.
Jaqueline Moreira de Oliveira é natural de Três Pontas. Filha de José Aparecido de Oliveira e de Mariani Moreira, era comerciária e trabalhava numa loja que comercializa títulos de capitalização na rua Dona Isabel, no centro de Três Pontas. E será lembrada pelo seu sorriso cativante e pela força de vontade em vencer na vida. “Uma menina estudiosa e que trabalhava para ter um futuro melhor. Amiga de muitos amigos”, comentaram alguns colegas emocionados ao Conexão ainda no local do acidente.
*O Conexão Três Pontas reitera seu compromisso com o jornalismo sério e por isso não publica fotos que possam chocar amigos e familiares. Nós não divulgamos fotos de cadáveres e não fazemos “canibalismo no jornalismo”. Aqui se tem responsabilidade!
Um homem foi amarrado em um poste e espancado até a morte por moradores do bairro São Cristóvão, em São Luís, no Maranhão, depois de praticar um assalto a uma loja da região. De acordo com a Polícia Civil, Cleidenilson Pereira da Silva, de 29 anos, foi linchado, com mãos, pernas e tronco amarrados em um poste de luz, até a chegada da polícia. Um adolescente, que também participou do assalto, foi apreendido, depois de também ser agredido pela população.
O caso aconteceu na tarde desta segunda-feira, em uma região movimentada do bairro. A dupla que tentava o assalto acabou rendida por um grupo de pessoas que passavam pelo local. Cleidenilson, segundo a polícia, foi agredido com socos, chutes, pedradas e garrafadas. Ele não resistiu e morreu no local, vítima de hemorragia. O adolescente teve escoriações leves e foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI).
Acusado de roubo foi amarrado em poste e brutalmente agredido até a morte.
O pai de Cleidenilson esteve no local para reconhecer o corpo e disse desconhecer qualquer envolvimento do filho com crimes. A Polícia Civil informou que o caso é investigado em sigilo pela Delegacia de Homicídios da capital maranhense, que trabalha para identificar os autores do linchamento. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.
O corpo do rapaz foi levado ao Instituto Médico Legal de São Luís. Ainda não há previsão de sepultamento.
Uma denúncia anônima passou a informação para o Conexão Três Pontas de que dois menores estariam agora sendo apresentados no Quartel da Polícia Militar de Três Pontas, depois de serem pegos em flagrante com drogas.
As informações da fonte relatam que os dois menores, ambos de aproximadamente 17 anos, foram abordados na beira lago em Boa Esperança e que com eles foram encontradas drogas e também um celular com imagens de entorpecentes sendo embalados. Os dois menores seriam residentes em Três Pontas, um no Bairro Santana e o outro na Avenida Ipiranga.
Nós entramos em contato com a Polícia Militar que, através do Sargento Ubiratan nos confirmou o fato, relatando que com os menores trespontanos foram encontradas 4 buchas de maconha em Boa Esperança e outras duas aqui em Três Pontas, jogadas às margens do trevo da Avenida Prefeito Nilson José Vilela.
Bucha de maconha (Foto Ilustrativa)
Ainda conforme o militar, eles não são conhecidos do meio policial. Lhes foi dada voz de apreensão por ato infracional. Neste momento eles estão sendo ouvidos no Quartel e acompanhados de seus familiares. A Polícia Militar entrará em contato com o delegado de plantão, em Varginha, para saber se será necessária a apresentação dos mesmos naquela Delegacia. Caso haja negativa, os menores serão entregues aos pais e deverão se apresentar a autoridade policial em dia e horário marcado.
De acordo com o dicionário, o termo “Vilipêndio” significa: aviltar, profanar, desrespeitar, ultrajar o cadáver ou ter ação desrespeitosa, como por exemplo exibir imagens ou vídeos do corpo em páginas de relacionamento, como o facebook, sites, etc.
Cantor sertanejo Cristiano Araújo.
O Brasil todo ficou chocado com as imagens absurdas exibidas dos corpos do cantor sertanejo Cristiano Araújo e de sua namorada Allana Moraes. E no caso do artista, o crime de vilipêndio ficou notório através de um vídeo onde profissionais de uma clínica que tratava o corpo para o velório filmaram tudo, o corpo aberto e nu, de extremo mau gosto e desrespeito. Três pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil de Goiás por causa de imagens do corpo de Cristiano Araújo que foram compartilhadas em redes sociais.
Cristiano Araújo e Allana Moraes
Dois são técnicos que trabalham para a Clínica Oeste Tanatopraxia, especializada na reconstituição visual de corpos de vítimas de mortes violentas para velórios com caixão aberto. O terceiro envolvido é amigo de quem fez as imagens (fotos da face e um vídeo do corpo aberto) – a estudante de Enfermagem Márcia Valéria dos Santos, de 39 anos – e foi identificado apenas como Leandro, também estudante de Enfermagem.
Funcionários que fotografaram e filmaram o corpo de Cristiano Araújo.
Mas o crime de vilipêndio não é cometido apenas contra famosos. Anônimos também são desrespeitados após a morte violenta. E aqui em Três Pontas, recentemente, um caso chamou a atenção e foi parar na polícia.
Acidente trágico na MG 167, entre Três Pontas e Santana da Vargem, que vitimou o jovem Alan de Souza.
Um trágico acidente foi registrado no início da noite do domingo (14 de junho) entre Três Pontas e Santana da Vargem, na MG 167, próximo a Fazenda Pantera. O condutor de um Chevette de Três Pontas, placas GMR 9085, acabou colidindo com um ônibus da empresa Gardênia. Ambos pegaram fogo. Infelizmente o condutor do Chevette, Alan Alex de Souza, de 34 anos, lavrador, filho de José Carlos de Souza e Francisca Alípio de Souza e pai de dois filhos não conseguiu sair do veículo e morreu carbonizado.
Alan Alex de Souza, que morreu carbonizado no acidente.
Como se não bastasse tamanha dor para a família, sentimentos de revolta e indignação tomaram conta por conta da exibição de imagens do corpo da vítima nas redes sociais. Nossa reportagem foi procurada pelo irmão de Alan, Adriano Júnior de Souza, que não concordou com algumas afirmações feitas na mídia e que também se mostrou indignado com a exibição de fotos do corpo carbonizado de seu familiar:
Adriano Souza, irmão da vítima, falou ao Conexão.
“Na verdade é que algumas coisas que foram faladas não procedem. Não foi nenhuma empresa quem correu atrás das coisas para a liberação do atestado de óbito. Quem foi em Varginha para correr atrás de delegado e liberar tudo, identificar o corpo, fomos nós, foi a família. Eu e um outro irmão meu chegamos no local e acabamos reconhecendo pelo carro, pela placa. O corpo do Alan foi para o IML de Varginha. Eu não sei quem levou pra lá, mas meu irmão foi realmente identificado em Varginha. Nós conseguimos a cópia do Boletim de Ocorrência no IML e fomos para a delegacia daqui. O delegado bateu um laudo dizendo que nós reconhecemos o corpo. Levamos de volta no IML e foi liberada a certidão de óbito.
Outra coisa que quero dizer é que estamos indignados com o desrespeito que houve com o corpo do meu irmão. Nós somos 5 irmãos, sendo 4 homens e uma mulher. E nossa família está revoltada. Sobre o que falaram, que o Alan bebia e que teria causado o acidente, quero deixar claro que no dia do acidente ele estava sem dinheiro e com certeza não tinha bebido. Ele havia ido em Santana da Vargem para mostrar que estava com seu carro, que ele tanto gostava. E depois da tragédia começaram a postar as fotos do corpo carbonizado. Um absurdo. Eu já tomei as providências legais sobre isso. Quem fez as fotos e quem compartilhou ou postou vai ter que responder por isso.
Também quero dizer que não recebemos nenhuma assistência da empresa Gardênia, nem um telefonema sequer. Nós é que estamos correndo atrás de tudo desde o dia do acidente. Ele direito ao seguro Dpvat e vamos atrás disso. Temos que dar baixa no carro e outras providências. Ninguém está ajudando em nada. Eu vou procurar pela empresa Gardênia e quero o laudo da perícia nas minhas mãos e se for preciso mandarei fazer um laudo particular, com outra perícia, para saber se o motorista da Gardênia está falando a verdade. Se meu irmão teve culpa, tudo bem. Mas se houve também a culpa do motorista da Gardênia, ele e a empresa terão que pagar”, desabafou.
VILIPÊNDIO
Corpo de Cristiano Araújo sendo velado.
O cadáver, pessoa que faleceu, não pode ser vítima do crime porque não tem mais a capacidade de sentir o aviltamento, a ofensa física, a profanação, enfim nenhuma ação dirigida contra ele (cadáver) pelo agente, pois o falecido não possui mais a honra objetiva. Daí podemos concluir que o bem jurídico lesado é o sentimento de boa lembrança, de respeito e veneração que se guarda em relação ao morto, seja por parte da coletividade, dos conhecidos e admiradores, seja por parte dos amigos mais próximos e dos familiares. As pessoas, em grupo ou individualmente, que guardam esses sentimentos de respeito, lembrança, saudades, veneração é que são considerados sujeitos passivos do crime.
O vilipêndio é praticado sobre ou junto do cadáver, na presença do corpo inerte ou de suas cinzas (há entendimento de que o esqueleto possa ser objeto de vilipêndio), neste crime o esqueleto também será objeto material. Orienta a doutrina majoritária que a expressão “ou” dá uma interpretação errônea do dispositivo. Por vários modos o agente pode praticar o crime, por ações, palavras, gestos ou encenações. Exemplos: esmurrar ou chutar o corpo, proferir palavrões ou descrever atos desabonadores do comportamento do morto em vida, cortar-lhe algum membro, rasgar ou retirar-lhe as vestes, dispersar as cinzas com acinte, divulgar fotos ou vídeos do corpo com sinais ou vítima de violência.
Não configura o crime o ato do amante desesperado e cheio de dor que corta mechas do cabelo ou arranca parte das vestes da amada que faleceu para guardá-las como lembrança. Neste caso não existe desrespeito, aviltamento, ultraje, mas, ao contrario, devoção.
Entende-se por cadáver os restos mortais de pessoa que viveu, que teve vida autônoma. Assim, não seria cadáver o embrião ou o feto. Quanto ao recém nascido que falece logo após o parto, dividem-se as opiniões. A doutrina mais aceita, porém, conduz ao entendimento que nesse caso se caracteriza a infração penal.
Pode ser objeto do crime o corpo humano, que colocado num laboratório de anatomia, presta-se a estudos científicos.
Sepulturas muitas vezes são vítimas de vandalismo.
Não há crime, entretanto, quando o vilipêndio direciona-se a uma múmia de museu. Isto porque em relação ao corpo mumificado, de pessoa desconhecida e não identificável, não existe sentimento de respeito ou veneração. Já não se pode dizer o mesmo quando se trata, por exemplo, de um herói nacional, devidamente embalsamado e colocado à visitação pública. Nesse caso está presente a admiração e a lembrança de um povo, de uma comunidade inteira pelos atos de bravura, liderança, filantropia, de caridade ou outros de igual gênero que praticou em vida.
O Código Penal português, no seu artigo 226, parágrafo 2º, pune com prisão até um ano e multa quem profanar cadáveres, parte de cadáveres ou cinzas de pessoas falecidas, praticando atos ofensivos do respeito devido aos mortos.